segunda-feira, 12 de setembro de 2011

FORÇA



A força, talvez seja umas das valências físicas mais estudadas, discutidas, explicadas e até praticadas dentre todas. Talvez pela “facilidade” em desenvolvê-la por seus métodos e por seus materiais. Eu tinha um professor que sempre dizia para se ter cuidado como se treina força ou com quem está aplicando o treino de força, porque mesmo fazendo errado, dá certo. Ele queria dizer que se você pegar qualquer peso de qualquer jeito, vai consegui aumentar sua força, mas o que vai diferenciar é o que essa maior força vai proporcionar ou causar no indivíduo em termos de controle muscular, controle postural e, consequentemente, equilíbrio ou lesões, dores e inatividade física. Com isso, entramos novamente no equilíbrio, mas é importante perceber e aprender que a força ou o aumento dela de maneira homogênea em todo o corpo é o alicerce e o componente mais importante de um trabalho que visa saúde e perfomance, gerando o equilíbrio postural.
A curva de performance de força ao longo da vida é semelhante a do equilíbrio, ambos são intimamente ligados. Ela é menor durante a infância, mas gradativamente aumenta durante a adolescência, juventude, fase adulta até seus 35 anos, onde, a partir daí começa uma curva descendente, chegando na 3ª idade e velhice com um déficit motor e de equilíbrio muito grande, causando uma redução da independência do ser humano em fazer suas atividades cotidianas, como se levantar sozinho, andar, ir ao banheiro, etc., diminuindo o tempo de serviço, aumentando os custos da previdência social e do sistema da saúde com um maior número de quedas e fraturas decorrentes das quedas.

Benefícios do trabalho de força

Segundo Sandra Matsudo (2009), o aumento da força gera:

1.        Benefícios antropométricos
·                controle ou diminuição da gordura corporal; manutenção ou incremento da massa muscular e da densidade óssea;
·                fortalecimento do tecido conectivo;
·                melhora da flexibilidade (por utilizar a amplitude total da articulação).

2.        Benefícios no controle e equilíbrio corporal
·                redução no risco de quedas e lesões pelas quedas;
·                aumento da força dos membros inferiores e da coluna vertebral;
·                melhora do tempo de reação, sinergia motora das reações posturais, velocidade do andar, mobilidade e flexibilidade.

3.        Benefícios psicossociais
·                melhora do auto-conceito, auto-estima, imagem corporal, estado de humor, tensão muscular e insônia;
·                prevenção ou retardo do declínio das funções cognitivas;
·                diminuição do risco de depressão;
·                diminuição do estresse, ansiedade e depressão, consumo de medicamentos e incremento na socialização.

O trabalho de força dentro do treinamento funcional

O interessante no trabalho de força dentro do treinamento funcional é que, além de trabalhar a melhora no recrutamento das fibras motoras e a interação nas contrações dessas fibras gerando força local, trabalha, também e principalmente, a interação das cadeias musculares que participam do movimento que se tem por objetivo melhorar, como o sentar, agachar, empurrar, puxar, suspender um objeto, saltar, correr, rebater, chutar, girar, etc. Na verdade o foco é a funcionalidade do movimento, como as contrações vigorosas de cada músculo em conjunto favorecendo a precisão e potência do movimento.
Se analisarmos as necessidades de cada indivíduo com relação aos seus objetivos com o treino, que pode ser simplesmente o voltar a caminhar de um idoso ou lesado dos membros inferiores, até um atleta que precisa melhorar um gesto motor específico do esporte praticado que requer força, potência e precisão, perceberemos que as possibilidades e necessidades excedem em muito o que um simples treino de força convencional pode oferecer. Como apenas um supino, uma puxada na polia alta, uma cadeira extensora ou flexora pode ajudar um advogado em seu trabalho? Ou um atleta de tênis a rebater uma bola? Mas se pensarmos nas cadeias musculares e articulares que participam dos movimentos, podemos focar o trabalho e melhorar seu desempenho.
O conceito de força no treino funcional visa justamente ativar e melhorar o recrutamento das fibras motoras das cadeias musculares que atuam diretamente (agonistas) e ajudando no movimento (sinergista) do movimento específico, que pode ser de um esporte ou do cotidiano do indivíduo. Dentro da montagem do programa, o treino de força progride desde a capacidade de sustentar o próprio corpo (peso corporal), até trabalhar com cargas elevadas para aprimorar toda a cadeia e estruturas envolvidas no movimento, para isso utiliza-se o peso do próprio corpo, fitas de treino suspenso, barras, anilhas, halteres, KETELL BELL (treino russo), saltos sobre plataformas, etc.   
  
Abaixo, um vídeo com algumas imagens de exercícios de força

Postado por: Léo Lima
        





   

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