Aquela dorzinha no ombro está incomodando?
Estudos mostram que a Síndrome do Impacto do Ombro tem se tornado cada vez mais comum em pacientes com dores no ombro.
Essa patologia é geralmente a condição dolorosa em que os tecidos moles do espaço subacromial (bursa, tendões da bainha rotatória, tendão do bíceps) são cronicamente induzidos entre a cabeça do úmero e o arco coracoacromial (acrômio anterior, ligamento coracoacromial, articulação acromioclavicular) (Rossi, 1998). Nesse espaço, um número de partes moles está localizado entre duas estruturas rígidas que se movem. Qualquer condição que afete a relação fisiológica entre essas estruturas e o espaço subacromial pode levar ao impacto.
Vamos entender isso?
A área atingida por essa inflamação é chamada de manguito rotador, formada por quatro músculos – o supraespinhoso, o infraespinhoso, o subescapular e o redondo menor. Estes músculos cobrem a cabeça do úmero, trabalhando em conjunto para elevar e girar o braço.
Quando se movimenta repetidamente o ombro em graus de maior tensão muscular do grupo do manguito rotador (importante estabilizador) e de menor espaço subacromial (90 a 120°), pode ocorrer a síndrome do impacto. Neste caso o manguito rotador é muito exigido, e tendo ainda um agravante, essa área sofre de hipovascularização perto da inserção do tendão do supraespinhoso e infraespinhoso, segundo alguns estudos. Então, além de ser uma área predisposta a inflamação, ainda é pouco vascularizada.
A síndrome do impacto pode resultar de compressões extrínsecas ou de perda de competência da bainha rotatória. (Fongemie et al, 1998).
O que pode causar a Síndrome do Impacto?
· Arco de elevação do ombro que segundo Brotzman (1996), é anterior e não leteral, causando impacto das estruturas supra-umerais contra a superfície anterior do acrômio.
· Uso dos membros superiores em demasia, como movimentos repetitivos acima da cabeça;
· Erro na técnica que pode levar a um distúrbio das forças de equilíbrio do ombro, excedendo o nível de tolerância das partes moles, causando inflamação;
· Váriantes anatômicas, traumas, instabilidade articular do ombro, fraqueza da musculatura da bainha rotatória.
Alguns fatores estruturais que podem contribuir para a Síndrome do Impacto
· Escápula – Posição anormal devido a cifose torácica; movimento anormal do trapézio; paralisia ou mobilidade limitada do serrátil anterior
· Articulação acromioclavicular – Anormalidade congênita; formação degenerativa do esporão.
· Processo coracóide – Anomalia congênita e forma anormal após cirurgia ou trauma.
· Úmero – Aumento da proeminência por tuberosidade maior devido a anomalia congênita ou má união
· Acrômio – Acrômio não fundido; degeneração na superfície com esporão, má união em uma fratura, variante morfológica.
· Ligamentos – Frouxidão ligamentar, calcificação do ligamento coracoacromial secundário a um trauma.
· Manguito Rotador – Perda do mecanismo depressor da cabeça do úmero ocasionado por radiculopatia em C5 e C6, paralisia do nervo subescapular, ou supra-escapular ou axial, e por ruptura da cabeça longa do bíceps. Espessamento do tendão por deposição de cálcio; tendão espessado após cirurgia ou trauma; superfície superior irregular devido rupturas total ou parcial.
Quais os sintomas?
O quadro clínico típico das lesões por impacto é de incapacidade funcional do membro superior para as atividades realizadas acima da cabeça. A incapacidade de elevar ativamente o membro superior contra a gravidade pode indicar lesão extensa aos tendões do manguito rotador, sobretudo do músculo supra-espinal.
Um paciente portador da Síndrome do Imapacto geralmente sente dificuldade para pentear-se, vestir-se, estender roupas, fazer alguns exercícios físicos, tudo decorrente da dor no ombro.
Qual o tratamento?
Para iniciar o tratamento, é preciso saber a causa da disfunção e as alterações fisiológicas que ela causa, podendo ser preciso apenas o tratamento conservador até intervenção cirúrgica. A fisioterapia pode ser uma grande aliada, proporcionando alívio das condições sintomatológicas e etiológicas e estabelecendo a função normal do complexo articular do ombro.
Alguns tratamentos:
· Uso de antiinflamatórios não esteróides;
· fisioterapia com crioterapia, tens, ultras-som; ondas curtas e exercícios; infiltração com corticoesteróides;
· cirurgia;
Para iniciar o tratamento, é preciso saber a causa da disfunção e as alterações fisiológicas que ela causa, podendo ser preciso apenas o tratamento conservador até intervenção cirúrgica. A fisioterapia pode ser uma grande aliada, proporcionando alívio das condições sintomatológicas e etiológicas e estabelecendo a função normal do complexo articular do ombro.
É preciso ter cuidado com exercícios na academia também e a sobrecarga dessa área. Como é uma articulação muito solicitada para os exercícios de membros superiores e o conjunto de músculos que compõem o manguito rotador também, é preciso ter cuidado com o equilíbrio na hora da prescrição de exercícios.
Procure um profissional devidamente habilitado e competente para fazer a prescrição do seu programa de treino.
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Postado por: Odiléia Corrêa
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