terça-feira, 6 de março de 2012

QUEM FALOU QUE IDOSO NÃO PODE FAZER FORÇA?

Essa história de que a “melhor idade” não pode ir a academia fazer musculação já é papo furado! Infelizmente, ainda há alguns profissionais da saúde que indicam caminhada e hidroginástica para essas pessoas como a única forma de melhorar a saúde e as capacidades funcionais. Entretanto, vários estudos evidenciam a importância do treinamento de força e potência muscular como meio seguro para melhorar as capacidades físicas em pessoas com idade mais avançada.

O processo de envelhecimento trás uma série de alterações fisiológicas que ocorrem no organismo, e muitas delas ruins. Se com tudo isso o indivíduo ainda tiver uma vida que inclua fatores de risco como tabagismo, ingestão alimentar incorreta, ausência de atividade física, pode agravar ainda mais esses fatores. Mas se houver uma vida saudável, com boa alimentação e um programa de atividade física adequado, os processos que ocorrem com o envelhecimento, podem ser amenizados.



O que ocorre no corpo com o envelhecimento?

O envelhecimento é marcado por uma queda das capacidades motoras, como força, flexibilidade, resistência cardiorespiratória, velocidade e coordenação, deixando os movimentos mais limitados e dificultando as atividades diárias. Além disso, há um decréscimo da massa muscular, chamado de sarcopenia.

A sarcopenia, o acúmulo de doenças, atrofia por desuso, podem contribuir para a perda de força muscular e da potência com a idade (FLECK & KRAEMER, 1999). Entre a terceira e a oitava década de vida, a taxa metabólica basal também diminui aproximadamente 15% (COHN et al. 1980).

Muitos dos casos de acidentes envolvendo pessoas idosas podem ser atribuídos a uma redução de sua capacidade de coordenação e de atividades como, andar, correr e saltar (WEINECK, 1999).



O que fazer para melhorar isso?

O planejamento e progressão adequados de um programa de treinamento de força para adultos mais velhos é vital para que haja benefícios ótimos a partir dos exercícios de força (FLECK & KRAEMER, 1999).

Um programa de atividade física que inclua exercícios de fortalecimento muscular, como musculação, por exemplo, podem aumentar a força muscular. Essa Valencia física quando dificiente, prejudica bastante as capacidades funcionais, como andar, sentar, agachar, entre outros movimentos. Também podem aumentar a massa muscular, a hipertrofia das fibras musculares, a densidade mineral óssea e o desempenho relacionado à força (FLECK e KRAEMER,1999).

A inclusão de exercícios de fortalecimento muscular dentro do contexto de um programa de exercícios físicos, especialmente em indivíduos acima de 40 anos de idade, contribuem para diminuir o processo de sarcopenia (ARAUJO, 2002).



Com deve ser feito?

O programa de treinamento para idosos, em linhas gerais, segue as mesmas orientações de um programa de treinamento para outras faixas etárias, respeitando a individualidade. Sendo necessário uma avaliação médica e física para identificar fatores de risco e restrições.



O que pode melhorar com o treino de força?

Os principais benefícios do treino de força são:

·               Redução de peso, com isso a redução de gordura corporal;

·               aumento do metabolismo energético;

·               melhora a ação da insulina;

·               incremento da densidade mineral óssea, ou conteúdo mineral total;

·               aumento da massa e força musculares;

·               diminuição no risco de faturas ósseas.



Há outros tipos de exercícios físicos que podem melhorar a vida funcional do idoso, e além do treino de força, há uma necessidade de atividade cardiorespiratória para a melhora da resistência, e exercícios que trabalhem o equilíbrio e coordenação, essenciais para beneficiar a qualidade dos movimentos diários.



Referências Bibliográficas



SANTOS, Antônio Evaldo et al. Treinamento de Força e Potência para Idosos. Aracaju-SE.

FLECK, S. J.; Kraemer, W.J. Fundamentos do Treinamento de Força Muscular. 2ª d. Porto Alegre: Artmed, 1999.

COHN, S.H.; Vartsky, D.; Yasumura, S.; Savitsky, A.; Zanzi, I.; Vaswani, A. & Ellis, K.J. Compartmental body composition based on totalbody potassium and calcium. Am. J. Physiol. v.239,p.524-30, 1980.

WEINECK, J. Treinamento Ideal: instruções técnicas sobre o desempenho isiológico, incluindo considerações específicas de treinamento infantil e juvenil, 9ª ed., São Paulo: Manole, 1999.

ARAÚJO, C. G. S. Biologia do envelhecimento e exercício físico: algumas considerações. IN – www.google.com.br.: 04/05/2002.



Postado por: Odiléia Corrêa






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