quinta-feira, 3 de novembro de 2011

FORÇA E ENDURANCE NA PERIMENOPAUSA

Efeito de um treinamento combinado de força e endurance sobre
componentes corporais de mulheres na fase de perimenopausa

Mateus Rossato1
Maria A. Binotto1
Maria A. Roth2
Haury Temp2
Felipe P. Carpes3
Jose L. Alonso4
Airton J. Rombaldi5
RESUMO
O objetivo deste estudo foi verificar o efeito de um treinamento de força e endurance sobre componentes corporais de mulheres. Oito mulheres na fase de perimenopausa (massa corporal de 58,9 ± 9,3 kg, altura de 159 ± 7 cm e idade de 48,6 ± 2,1anos) participaram do estudo. A massa óssea (MO), massa gorda (MG) e a massa magra (MM) foram analisadas com um exame DEXA (Dual Energy X-Ray Absorptiometry). O consumo máximo de oxigênio (VO2máx) foi determinado através de teste progressivo máximo em esteira rolante antes e após o treinamento. O treinamento combinando exercícios de força e endurance teve a duração de 20 semanas. Os resultados indicam que o VO2máx, embora não alterado de maneira estatisticamente significativa, apresentou um aumento de 7,23% para a forma absoluta e 9,82% na forma relativa. Da mesma forma, a MO e MM tiveram um aumento de 0,81% e 2,82%, respectivamente, enquanto que a MG apresentou decréscimo de 3,60%. Ainda que essas alterações não tenham alcançado significância estatística, a tendência de modificação observada sugere que o treinamento poderá induzir alterações nos componentes corporais de mulheres na fase de perimenopausa. Para a confirmação dos resultados encontrados sugerem-se estudos com períodos de treinamento mais extensos.

Palavras-chave: mulheres; perimenopausa; consumo de oxigénio,
treinamento.

COMENTÁRIO
Na semana passada recebi uma pergunta de uma leitora nossa sobre o treinamento combinado entre força (musculação) e resistência (spinning). Seu objetivo era emagrecer, mas queria saber se era possível esse tipo de treino, se teria o resultado desejado.
Esse artigo vem justamente mostrar essa interação, como os estímulos de força e resistência podem influenciar no resultado final em mulheres sedentárias acima de 40 anos. O treino consistiam em 3 vezes por semana, iniciando a sessão com 30 minutos de caminhada na esteira a 65% da velocidade máxima alcançada no teste submáximo. Após, realizou-se alongamentos gerais e iniciou-se a sessão de musculação com 1 exercício por grupo muscular e, após 4 semanas, passou-se a 2 exercícios por grupo muscular. Um ponto importante foi que não houve nenhuma modificação ou ajuste dietético com o grupo, sendo, então, que os resultados obtidos foram totalmente causados pelo incremento da atividade física.
Vimos que o resultado obtido com o aumento da massa óssea e muscular e redução do % de gordura foi considerável, se levarmos em consideração a idade média do grupo, o pouco tempo de treino e a não manipulação da alimentação, mostrando a eficiência e eficácia desse tipo de treino para quem realiza poucas sessões por semana. Mas é importante frisar que se o objetivo é a melhora de condicionamento cardiorespiratório ou um aumento de massa muscular em maior escala, é interessante um trabalho periodizado (organizado em partes e períodos), com momentos que priorize o cárdio e momentos que priorize o aumento de massa muscular (força).

ARTIGO COMPLETO

Postado por Léo Lima

Nenhum comentário:

Postar um comentário