quinta-feira, 27 de outubro de 2011

QUANDO O EXERCÍCIO FÍSICO PODE ATINGIR DE FORMA NEGATIVA O SISTEMA IMUNOLÓGICO


Que o exercício físico ajuda a manter a saúde e prevenir doenças, já está confirmado, mas devemos ficar de olho também em seu excesso, quando pode atingir o sistema imune e deixar portas abertas para doenças.
O exercício de intensidade moderada melhora o sistema de defesa, mas o treinamento intenso pode causar imunosupressão, ou seja, diminuir a capacidade do nosso sistema imune. Estudos mostram que essa situação pode estar relacionada à comunicação entre os sistemas nervoso, endócrino e imunológico.

Nosso guardião – o sistema imune

O sistema imune é como um soldado que combate os microorganismos e invasores, e suas células originam-se na medula óssea. Os leucócitos são as células responsáveis por combater as doenças, e os linfócitos são um tipo de leucócitos que normalmente estão presentes na circulação e nos tecidos linfóides. Os últimos ficam em estado inativo até que um estímulo possa ativar essas células, levando-as a proliferar e a secretar citocinas envolvidas na resposta imune, que modulam o sistema imune.
Quando há um estresse em nosso organismo, há a ativação do sistema nervoso central ativando alguns hormônios e citosinas. Como o exercício físico extenuante pode causar um estresse no corpo, muitos estudos tentam mostrar a resposta desse tipo de atividade com o sistema imune.

E quando o exercício pode atingir de forma ruim o sistema imunológico?

O exercício físico pode ser classificado como leve, moderado e intenso, de acordo com sua intensidade. Classificação feita de acordo com a concentração de lactato no sangue, consumo de oxigênio, ou de forma mais simples, verificando a freqüência cardíaca.
O exercício físico intenso pode induzir inibição de alguns aspectos de defesa do organismo, incluindo a atividade de algumas células, que podem comprometer a defesa do organismo contra agentes infecciosos, oncogênicos e alergias. De outra forma, o exercício moderado parece estar associado ao aumento da imunidade e a suscetibilidade às doenças.
Há estudos que mostram que atletas de alto nível têm maiores riscos de adquirir infecções durante períodos de treinamento e após competições exaustivas. Uma explicação para isso é que existe um desgaste aumentado das funções do organismo com produção exagerada de algumas substâncias, e um estresse oxidativo nos tecidos.
É relevante falarmos aqui também das pessoas sedentárias que começam a praticar atividade física com cargas elevadas para seu condicionamento físico. Daí a importância do profissional de educação física no acompanhamento dos exercícios. Nesse período o aumento do condicionamento físico geral, força, massa muscular, resistência, aumenta mais rápido, sendo necessário que tenha uma mudança na intensidade e volume, dependendo do objetivo de quem está praticando.
O exercício extenuante também eleva a concentração dos radicais livres, que em altas doses, também afetam o sistema imune.
É interessante a atenção para que a atividade física tenha freqüência, duração e intensidade adequadas às necessidades e condições físicas de cada pessoa. Lembrando que, tão importante quanto os aspectos acima é o repouso.
Não estou me colocando contra o treinamento intenso, mas tão somente, alertando de alguns aspectos relacionados a ele e ao sistema de defesa. O exercício intenso, quando feito com acompanhamento, pode ser mais relevante para alguns objetivos.

Sites visitados

http://saude.ig.com.br

GÓIS, Carol; MANHÃS, Raul; NASCIMENTO, Elizabeth; PITHON-CURI, Tânia Cristina; CURI, Rui- Mecanismos Aadaptativos do Sistema Imunológico em Resposta ao Treinamento. Ver. Bras. Med. Esporte – vol. 13, nº 5, 2007.

Postado por: Odiléia Corrêa

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