quarta-feira, 28 de setembro de 2011

RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCALIZADA E IDOSOS


Efeitos da resistência muscular
localizada visando a autonomia funcional
e a qualidade de vida do idosos

Aragão, J.C.B.; Dantas, E.H.M.; Dantas, B.H.A. Efeitos da resistência muscular localizada visando a autonomia funcional e a qualidade de vida do idoso. Fitness & Performance Journal, v.1, n.3, p.29-37, 2002

RESUMO

Os transtornos causados pela perda progressiva da autonomia refletem-se nos diversos domínios na vida do geronte, provocando conseqüências como uma motricidade desequilibrada e precária. As manifestações à cerca da motricidade humana buscam melhorar a qualidade de vida dos indivíduos.
Baseando-se nestas informações, este estudo tem como objetivo investigar os efeitos da resistência muscular localizada (RML) dos membros inferiores, superiores e coluna dorsal, visando a autonomia funcional no desempenho das atividades da vida diária (AVDs) e a qualidade de vida (QV), em indivíduos idosos. O grupo, de características homogêneas, foi composto por 114 mulheres acima de 60 anos de idade, selecionadas aleatoriamente em centros de atividades para idosos, da Zona Oeste da Cidade do Rio de Janeiro. Esse grupo foi submetido a uma única sessão de testes e entrevista para mensurar as variáveis RML, AVDs e QV.
Na avaliação da RML, utilizou-se o tempo de execução dos Testes de Avaliação da Resistência Muscular Localizada (TARMLo): a. agachamento com pernas alternadas; b. extensão estática do tronco; e c. extensão de braços modificada. Na avaliação das AVDs, foram utilizados os Testes de Avaliação Funcional nas Atividades da Vida Diária (TAFAVDs) compostos por: caminhar 10 metros (C10M); “Time Up & Go Test” (TUG); levantar−se da posição sentada (LPS) e levantar−se da posição decúbito ventral (LPDV); e o Questionário Senior de Atividades Físicas (QSAF). Para a avaliação da variável QV, adotou-se o Questionário de Qualidade de Vida da Organização Mundial de Saúde (WHOQOL). Para a descrição das variáveis de cunho discreto, utilizou-se a estatística descritiva. Para analisar o grau de homogeneidade dos dados utilizou-se o teste post-hoc da curtose. Ainda foi utilizado o teste Não Paramétrico Qui-Quadrado, através do qual fez-se uma análise de cruzamento das respectivas classificações, tomadas dois a dois. O nível de significância adotado foi de p <0,05, isto é, 95% de certeza para as afirmativas e/ou negativas denotadas durante as investigações. Os resultados encontrados demonstram haver correlação significativa entre as variáveis QV e TAFAVDs (p=0,01158); TAFAVDs e TARMLo (p=0,01873); TAFAVDs e QSAF (p=0,01773); e TARMLo e QSAF (p=0,00253). A análise dos dados revelou que indivíduos com autonomia no desempenho das AVDs possuem melhor qualidade de vida e que quanto maior o estado de resistência muscular localizada de um indivíduo, melhor a autonomia no desempenho das AVDs e melhor a autonomia exprimida pela autopercepção.


COMENTÁRIO

Em um artigo anterior, abordamos a importância em desenvolver a força corporal, melhorando o equilíbrio e proporcionando uma melhor qualidade de vida, aumentando a autonomia nas atividades de vida diárias. Mas nesse, verificamos que o desenvolvimento da resistência localizada também melhora a AVDs. Mas o que tem em comum esses dois tipos de trabalho?
Os dois tipos de trabalho atuam inicialmente e diretamente no sistema nervoso central, fazendo aumentar o recrutamento dos nervos motores e de suas fibras, fazendo, de certo modo, aumentar a força e, com isso, a estabilização das articulações adjacentes. Além da estabilização, ocorre uma melhora na motricidade, mobilidade e locomoção para as tarefas do cotidiano.
O treino funcional, através de seus protocolos de treinos, visa essa melhora descrita acima, onde o ser humano consiga realizar, de maneira mais eficiente, as atividades de casa, do trabalho, de algum hobby ou atividade física de lazer ou profissional.

Para ler o artigo inteiro entre no endereço http://www.fpjournal.org.br


Postado por: Léo Lima

Um comentário:

  1. Prezados,
    Foi com imensa felicidade que acessei a página e li o comentário do da artigo publicado. Se encaixa perfeitamente ao que foi verificado.
    Atualmente, me dedico a estudos relacionados à saúde em geral, especialmente, com paciente oncológicos (Tese de doutorado). Caso queiram auxílio com alguma publicação, podem fazer contato.
    Boa sorte!!
    Abraços,
    Profª. Drº. Jani Cleria Bezerra
    Ph.D. em Medicina do Esporte
    Contatos:
    E-mail: j.cleria@gmail.com
    Tel.: 21 9966-2160 / 21 7742-4119

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