quinta-feira, 10 de novembro de 2011

PERFIL EPDEMIOLÓGICO DA OBESIDADE EM CRIANÇAS: RELAÇÃO ENTRE TELEVISÃO, ATIVIDADE FÍSICA E OBESIDADE

Epidemiological profile of obesity in children: relationship between television,
physical activity and obesity
Ana Paula de Almeida Amaral
Pimenta,
Alexandre Palm
Resumo
Aparentemente, é possível que a escolha por um modo de vida mais sedentário possa estar colaborando para o aumento da obesidade infantil. Deste modo, o principal objetivo do presente trabalho foi investigar a prevalência da obesidade em crianças entre 10 a 11,9 anos, alunos da 4A série do Ensino Fundamental do Colégio Pedro II, Unidade
Tijuca I, do turno da manhã. A amostra constou de 56 crianças, de ambos os sexos, deste grupo escolar. Foram realizadas medidas antropométricas com as crianças e questionários com seus pais. No levantamento sobre a obesidade, pude-se observar que a média do percentual de gordura ficou em 25,22 (± 10,91), e mais da metade da amostra situou-se dentro das faixas não desejáveis, indicando uma alta prevalência da obesidade. Os dados mostraram, ainda, uma grande tendência ao sedentarismo. A média de tempo semanal dedicado atividade física perfez um total de 476,25 minutos, por criança, enquanto que a média de tempo destinado a assistir televisão foi de 1.103,03 minutos. Apesar da falta de consenso na literatura, os resultados do presente estudo demonstraram uma elevada prevalência da obesidade, na amostra escolhida, e uma alta e significante associação entre o tempo dedicado televisão e essa prevalência (p<0,01).
PALAVRAS-CHAVE: obesidade infantil; sedentarismo
infantil; atividade física e televisâo.

COMENTÁRIO
No Brasil, há cerca de 3 milhões de crianças com menos de 10 anos classificados na faixa de obesidade. Toda essa prevalência é decorrente de dois principais fatores, o intrínseco e extrínseco. O fator intrínseco é o genético, onde há pouco tempo descobriu-se um gene que determina a potencialidade do indivíduo se tornar obeso e de que forma a gordura se acumularia no organismo, se na forma andróide (prevalência nos homens, onde se acumula na região superior do tórax) ou na ginóide (prevalência em mulheres, onde o acúmulo acontece nas regiões do abdômen, quadril e coxas). Os fatores extrínsecos são os adquiridos e praticados pelos hábitos do dia-a-dia. Hábitos como o sedentarismo, alimentação inadequadas, uso de cigarro, bebidas alcoólicas, são os que realmente externizam os efeitos do gene.
O artigo acima vem fazer uma correlação entre o tempo total, em média, que as crianças ficam assistindo televisão e fazendo atividade física com o índice de obesidade. Os resultados foram chocantes, mas é o que reflete a realidade. As crianças que mais perdem tempo assistindo televisão são as que possuem os maiores níveis de obesidade, em contrapartida, as crianças com maior nível de atividade física possuem a menor incidência de obesidade. Essas informações são relativamente fáceis de entender e já muito difundidas, mas a quantidade de crianças nesse estado cresce a cada década e o apelo da mídia para torná-las cada vez mais sedentárias é enorme. São televisões 3D, jogos de computador, a redução do número de praças para erguer prédios, a entrada cada vez mais cedo das crianças em cursos de línguas e se ocupando com atividades escolares e didáticas e menos tempo em atividade física gerando todo esse problema.
Na verdade, precisamos atacar esse mal desde a infância, ensinado a importância da atividade física criando espaços que estimulem sua prática, inserindo bons hábitos alimentares para reduzirmos a quantidade de adultos obesos e a grande incidência dos problemas de saúde decorrente dessa doença.

Postado por Léo Lima


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