segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Mobilidade

Dantas (1999) define mobilidade como a propriedade que possuem as articulações de realizarem determinados tipos de movimento, dependendo de sua estrutura morfológica. A mobilidade tem influência sobre a flexibilidade no tocante ao grau de liberdade da articulação.
Uma boa mobilidade é essencial para o aperfeiçoamento de muitos movimentos usados no dia a dia e nos desportos. Gomes (2010) faz uma análise de alguns desses movimentos como, por exemplo, uma baixa mobilidade do tornozelo dificultando a prática da corrida, quando uma boa dorsiflexão é uma condição para o impacto no solo dos corredores. Se essa mobilidade é baixa, o impacto será maior, aumentando o estresse articular e ósseo, sendo uma pré-condição para as famosas fascites plantares.
 Dantas, et al (2002), diz que com o envelhecimento surge um aumento da densidade na cartilagem e nos tecidos ao seu redor, além da tendência à perda da elasticidade dos músculos, ao desenvolvimento da artrite e de outras patologias do aparelho locomotor, que intensificam a restrição do movimento articular, reduzindo a flexibilidade.
A perda da mobilidade preocupa qualquer pessoa, especialmente com o avançar da idade, quando há diminuição na amplitude do movimento articular e o aumento do enrijecimento articular, podendo envolver a deterioração da cartilagem, dos ligamentos, dos tendões, do fluido sinovial e dos músculos.
Há um maior impacto na capacidade funcional decorrente das mudanças fisiológicas que afetam a mobilidade da pessoa de idade. Os exercícios funcionais estão aptos a evitar esse processo, diminuindo o enfraquecimento muscular e uma restauração do equilíbrio. A vulnerabilidade muscular e conseqüente falta de equilíbrio representam fatores de risco para as quedas nos idosos ( DANTAS, et al, 2002).
Muitos exercício funcionais exigem uma maior amplitude de movimento, necessitando assim, de um trabalho prévio para a melhora da mobilidade articular. Exercícios simples de mobilidade podem aumentar a flexibilidade e melhorar a saúde das articulações.

Postado por: Odiléia Corrêa

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DANTAS, E. H. M; PEREIRA, S. A. M.; ARAGÃO, J. C.; OTA, A. H.. A preponderância da diminuição da mobilidade articular ou da elasticidade muscular na perda da flexibilidade no envelhecimento. Fitness & Performance Journal, v. 1, n3, 2002.
DANTAS, Estélio H. M. – Flexibilidade: alongamento e flexionamento. 4º Ed. Rio de Janeiro, Shape, 1999.
GOMES, Marcus Vinícius – Exercícios Funcionais – do Ideal ao Real; 1 ed. Rio de Janeiro, Livre Expressão, 2010.

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