quarta-feira, 21 de setembro de 2011

TREINAMENTO DE FORÇA E FLEXIBILIDADE EM MULHERES

Efeitos do treinamento de força e de flexibilidade
sobre a autonomia de mulheres senescentes*
Effects of strength and flexibility training on autonomy of older women*
PALAVRAS-CHAVE – flexibilidade, força, autonomia, idoso.

VALE, R.G.S.; NOVAES, J.S.; DANTAS, E.H.M. Effects of strength and flexibility training on autonomy of older women. R. bras. Ci e Mov. 2005; 13(2): 33-40.

 RESUMO

 O presente estudo teve por objetivo comparar os efeitos do treinamento resistido de força e de flexibilidade sobre a autonomia funcional das atividades da vida diária (AVD) em 36 mulheres senescentes. Métodos - Os sujeitos foram distribuídos em dois grupos, um de treinamento de flexibilidade (GFLEX, n=18) e outro de treinamento resistido de força (GFOR, n=18). Foram utilizados testes de autonomia para avaliar as AVD. A análise estatística foi feita de forma descritiva e inferencial (teste t de Student).
RESULTADOS- Os grupos GFOR (GRUPO DE FORÇA) e GFLEX (GRUPO DE FLEXIBILIDADE) apresentaram variações de –22,3±7,10% e –18,5±8,12% para a autonomia (p=0,048), respectivamente. O nível de significância adotado foi de p<0,05 para todos os casos. Conclusão - Concluiu-se então, que o GFOR alcançou maiores incrementos nas AVD com o tratamento experimental.

COMENTÁRIO
*Primeiramente, antes de comentar-mos esse artigo muito interessante, é preciso esclarecer o termo “senescente”, que quer dizer, de forma mais suave ou não, mulheres idosas.
Nós gostamos de muito citar idosos nos artigos e comentar pesquisas com idosos, porque é nessa fase onde ocorrem as maiores perdas das funções fisiológicas do organismo, como força, flexibilidade, coordenação, equilíbrio, resistência geral e local. Então, se conseguimos obter ganhos e melhoras funcionais com essa população, teremos maior facilidade em entender e trabalhar com populações de idades mais baixas. 
O referido estudo põe em evidência os efeitos provocados no organismo por dois tipos de treinos, de força e o de flexibilidade, aplicados de forma individual em grupos diferentes para analisar a melhora da funcionalidade do indivíduo, ou seja, as atividades da vida diária (AVD). O interessante é que os dois tipos de trabalho, o grupo de força e o grupo de flexibilidade, obtiveram ganhos consideráveis na funcionalidade, porém, o grupo de trabalho de força, obteve melhoras muito maiores se comparados ao grupo de flexibilidade e às pessoas que não realizam nenhuma atividade.
Esse resultado mostra novamente que a melhora nos níveis de força corporal, gera uma melhora em outras valências coordenativas que dependem da ativação neural, como a coordenação motora, o equilíbrio e controle corporal.
O treinamento funcional preconiza um trabalho de força que foca principalmente na funcionalidade do ser humano, o que esse ser humano precisa melhorar para vencer o dia-a-dia da melhor forma possível, seja ele dona de casa, advogado, médico ou um atleta de qualquer modalidade esportiva. Essa atividade da vida diária é minuciosamente analisada e trazida na forma das valências, cadeias musculares e sistemas energéticos utilizados. É a força para seu dia.
Para ver o artigo inteiro, entre na página http://www.portalrevistas.ucb.br

Postado por: Léo Lima

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