sábado, 27 de agosto de 2011

EQUILÍBRIO

              
Definição

O equilíbrio do corpo humano no espaço que o cerca é uma interpretação, análise e ação realizada por vários órgãos, dentre os quais, o labirinto, que tem uma função primordial no controle do corpo. Este órgão está situado no ouvido interno e interage com outros sistemas, como o visual e o músculo-esquelético enviando informações através dos nervos até o cérebro onde interpreta e processa a resposta para manter o equilíbrio. Portanto, sintomas como tonturas, vertigens e desequilíbrio podem ocorrer por qualquer doença que afete o cérebro, os órgãos vestibulares e o labirinto. 

O equilíbrio postural consiste na capacidade de controle corporal que são observadas de duas formas: uma refere-se à manutenção da posição (postura) dos membros em relação aos próprios membros e ao meio ambiente que o cerca, e o outro corresponde ao equilíbrio das forças que agem no corpo com relação ao espaço durante um movimento ou deslocamento qualquer (Horak e Macpherson, 1996). GOMES (2010) define equilíbrio postural ou, simplesmente, postura como o alinhamento dinâmico entre os grupos e cadeias musculares, mostrando homogeneidade entre músculos agonistas e antagonistas, tornando isso o cerne do treino ou tratamento.

Turbino (1994) define equilíbrio como a qualidade física adquirida diante de uma combinação de ações musculares com a intenção de assumir e manter o corpo sobre uma base contra a gravidade, existindo, assim, dois tipos, o equilíbrio estático e o dinâmico. O equilíbrio estático refere-se à capacidade de manter-se numa posição, contra a gravidade, sem a ocorrência de deslocamento.  Já o equilíbrio dinâmico é a capacidade de manter o equilíbrio e controle postural, diante de forças externas (além da gravidade) que geram descontrole e deslocamento na base.    

 O equilíbrio é composto das reações involuntárias dinâmicas de sensações e impulsos para manter uma postura ereta e movimentos funcionais. Felizmente estamos sob a força da gravidade constante o que nos auxilia a recuperar o equilíbrio e manter a postura inconscientemente. (GOMES, 2010).

              Equilíbrio nas etapas da vida

 O equilíbrio postural encontra-se em menor escala no ser humano em dois momentos, durante a primeira e segunda infância e na fase adulta onde, a partir dos 40 anos, decresce a cada década. Mas na realidade o controle postural só é desenvolvido a partir da prática do treino de equilíbrio. A criança, durante sua infância participa de jogos e brincadeiras diversas que envolvem movimentos, desenvolve o equilíbrio inato do ser humano, mas a partir de uma vida adulta sedentária e sem a prática de nenhum esporte, esse equilíbrio adquirido decresce vertiginosamente. É durante a fase adulta e, principalmente, na terceira idade, onde ocorre um maior decréscimo de força e, conseqüentemente, controle postural, com isso o equilíbrio, que ocorrem o maior número de quedas e fraturas, deixando o indivíduo incapacitado de realizar suas tarefas diárias e esportivas. 

  Objetivo do trabalho de equilíbrio:

·       restabelecer a homogeneidade de tensão dos músculos e cadeias musculares adjacentes e concorrentes;
·       estimular as vias aferentes e eferentes do controle neuromuscular para manutenção da postura e equilíbrio diante do espaço;
·       estimular e manter ativo os órgãos de captação das diferenças de tensão esforço nos músculos e articulações;
·       dar segurança ao indivíduo ao participar das atividades cotidianas e esportivas.

             Equilíbrio no treinamento funcinal
   
 Diante de tudo isso, o treino funcional visa justamente estimular e gerar maior equilíbrio nas crianças e adultos e minimizar e estabilizar as perdas nos idosos decorrentes dos problemas neuromusculares, redução da funcionalidade dos órgãos proprioceptores e líquidos sinoviais produzidos nas articulações como dos ombros e joelhos ao longo dos anos.

No cotidiano, o equilíbrio e útil em todo momento. Apenas o ato de ficar parado requer do organismo ajustes precisos para manter sua postura. Caminhar, caminhar olhando para o lado ou para baixo, correr, subir na calçada, no ônibus, segurar uma criança no colo, andar de salto alto, são momentos onde o equilíbrio é exigido.

Dentro do conjunto de conceitos trabalhados no funcional, o equilíbrio é o mais inerente, presente e estimulado durante toda a montagem do programa de treinamento. Exercícios que promovam e estimulem o desequilíbrio, proporcionando situações e experiências para tornar o corpo mais apto a adaptar-se a momento do dia-a-dia ou de um esporte específico.

O treino de equilíbrio é dividido didaticamente em duas etapas que não podem ser suprimidas, mas aceleradas de acordo com o desenvolvimento e resposta do indivíduo. A primeira etapa é o equilíbrio estático, que fornecem estímulos sem ocorrer deslocamento no espaço, mas movimentos de membros superiores e inferiores, o uso de bases estáveis (solo) e instáveis (colchonete, BOZU®, pranchas e tábuas de equilíbrio, etc.), um ou dois pés, olhos abertos e/ou fechados, são utilizados para elevar o nível dos estímulos na posição parada. A segunda etapa, consiste em proporcionar situações que estimulem o equilíbrio dinâmico (em movimento), com uso dos mesmos elementos descritos acima.

Por exigir muito do sistema nervoso vestibular e muscular, o equilíbrio deve ser treinado no início de uma sessão de funcional, pois encontra-se com toda a capacidade de análise e resposta do organismo na mais perfeita forma. Porém, pode ser também utilizado em outros momentos do treino, quando esse pretende simular ou gerar estímulos semelhantes encontrados em uma modalidade esportiva específica ou momento específico da performance do esporte.

 Equilíbrio no dia a dia

             Você já tentou ficar de pé apoiado com uma perna e de olhos fechados? E com a mesma posição na ponta do pé? Fica um pouco mais díficil, não é mesmo? Tudo bem que ninguém vai andar por ai de ponta de pé, mas até para fazer aquela caminhada relaxante na praia de pés descalços, vai precisar de um mínimo de equilíbrio.

           Mas os idosos, como dito acima, são os que mais sofrem com a falta de equilíbrio. Essa carência, é a causa da maioria das quedas que trazem problemas maiores.

Postado por: Léo Lima
     
         

         

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