segunda-feira, 5 de setembro de 2011

FLEXIBILIDADE


Conceito

Segundo Dantas (1999), a flexibilidade é a qualidade responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o risco de provocar lesão.
O mesmo autor, fala que duas variáveis interferem na flexibilidade do músculo, a individualidade e o tipo de movimento.

Fatores que influenciam

Em relação à individualidade, os fatores impeditivos variam dependendo da pessoa na qual se observa o fenômeno. Por exemplo, a limitação à flexão do cotovelo pode se dar:
·         Por causa da elasticidade do tríceps;
·         Devido a um encurtamento cirúrgico dos tendões do tríceps;
·         Em decorrência de um grande volume muscular (hipertrofia) do bíceps;
·         Ocasionada pelo limite de mobilidade da articulação do cotovelo.
Se quatro pessoas forem estudadas e cada uma apresentar uma das características descritas, serão observadas quatro diferentes causas para a pouca flexibilidade do movimento considerado.

FATOR IMPEDITIVO
ARTICULAÇÃO
MOVIMENTO

Elasticidade
do
antagonista
Ombro
Rádio-cárpica
Quadril
Tornozelo
Protração, Retração
Flexão, Extensão, Adução,
Abdução
Extensão, Abdução, Flexão
Flexão plantar e Flexão dorsal
Volume
do
Antagonista
Ombro
Cotovelo
Joelho
Elevação da escápula
Flexão
Flexão



Mobilidade
articular
Ombro
Cotovelo
Rádio-ulnar
(proximal)
Quadril
Joelho

Rotação medial lateral
Extensão
Pronação, Supinação
Rotação medial e lateral
Extensão, Rotação medial,
Rotação lateral
Combinação
de
Dois fatores
Ombro
Quadril
Intertársicas

Circundação
Circundação
Inversão e Eversão
DANTAS (1999)

Ao analisar a média das pessoas, será constatado que os fatores impeditivos se referirão a um único fator limitador, conforme movimento e articulação considerados.

Outros fatores também influenciam a flexibilidade:

·         Idade;
·         sexo;
·         individualidade biológica;
·         somatotipo;
·         estado de condicionamento físico;
·         tonicidade muscular;
·         respiração;
·         concentração;
·         hora do dia;
·         temperatura ambiente;
·         fadiga.

É importante citar também a influencia dos componentes plásticos, componentes elásticos e os proprioceptores. Os últimos usados de forma específica nos trabalhos de equilíbrio, principalmente os proprioceptores musculares (fuso muscular e órgãos tendinosos de Golgi). Assim, concluímos que alguns exercícios de equilíbrio também ajudam a desenvolver a flexibilidade.

Como a flexibilidade é usada no treinamento funcional?

O trabalho de flexibilidade, usado como mecanismo de prevenção de lesão e regeneração, começa na preparação do movimento, que antecede a parte específica do treino, quando é preciso aumentar a temperatura corporal, obter um estado ideal fisiológico e psicológico. Nesse momento, o alongamento dinâmico é o mais indicado. Já o alongamento estático é colocado no final do treino.
Temos como objetivo do alongamento, deixar o corpo pronto para o treino, corrigir  movimentos que serão usados nos exercícios e uma melhor domínio do corpo para os movimentos específicos.
Abaixo, um vídeo mostrando alongamento dinâmico, usado no começo de uma aula. Na página de vídeos, postamos outro com alongamento passivo, que é mais adequado para o final de um treino.






REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DANTAS, Estélio H. M. – Flexibilidade: alongamento e flexionamento. 4º Ed. Rio de Janeiro, Shape, 1999.


Postado por: Odiléia Corrêa

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