quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

VOCÊ SABE O QUE É TREINAMENTO SUSPENSO?


                Fazendo uma análise do próprio nome, treinamento suspenso, pode ser definido como um método de treino onde o indivíduo fica com seu corpo, ou parte dele, suspenso do contato com o solo. Esse método provoca ao organismo uma instabilidade fazendo com que exija do corpo uma maior ativação das fibras dos músculos estabilizadores do corpo (músculos antigravitacionais), abdômen, lombar, pelve, glúteo e outros, ou seja, toda a cadeia muscular que compõe o CORE.

               Mas onde e como surgiu esse método?
              Surgiu da necessidade das forças armadas americanas (SEALs -- Fuzileiros Navais) manter a forma e o condicionamento durante as ações em guerra, pois o treinamento convencional de força requeria mais tempo e espaço para ser realizado. Com todo esse contexto, viu-se a possibilidade de realizar força pendurando umas cordas dos paraquedas em algum lugar alto e usando o próprio peso e a ação da gravidade, para gerar resistência. Com essa adaptação, a empresa americana Fitness  Anywhere,  juntamente com oficiais da SEALs, criou e patenteou vários exercícios, desenvolvendo um equipamento metodologia própria, o TRX Suspension Trainer.




                Mas o que trás de vantagem esse método em relação aos convencionais?
                 O treino suspenso pode promover ao organismo, ao mesmo tempo, uma gama de estímulos diferentes, como força funcional, flexibilidade, equilíbrio e estabilidade (força) do CORE, permitindo que o corpo trabalhe em mais de uma dimensão, o eixo frontal, sargital e transverso, para promover tudo o que é necessário para uma melhora da prática esportiva e a vida cotidiana. Por tanto, abrangem desde o atleta, para melhorar seu desempenho em algum movimento, até pessoas sedentárias que precisam trabalhar de maneira segura, eficaz e global.



                Como funcional?
                Com o trabalho da fita, uma porcentagem do peso corporal desejado é conduzida gerando resistência para o membro em ação. Daí se trabalha com o desequilíbrio, o braço de alavanca e amplitude de movimento para gerar um aumento de sobrecarga. Durante esse processo, os músculos do CORE precisam ser ativados para a manutenção de uma postura correta, trabalhando muito forte essa região. Hoje em dia, os personais, as academias e os treinadores de atletas de elite já utilizam o treino suspenso como mais uma ferramenta para ganhos de desempenho e melhoria física para os mais diversos objetivos.



                Esse tipo de treino deve sempre ser acompanhado por um profissional credenciado para manter a segurança e eficiência do exercício e do praticante.











                Vamos lá, diversifique o seu treino e faça-o ficar mais estimulante!
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Postado por: Leo Lima

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

SÍNDROME DO IMPACTO?

Aquela dorzinha no ombro está incomodando?

Estudos mostram que a Síndrome do Impacto do Ombro tem se tornado cada vez mais comum em pacientes com dores no ombro.

Essa patologia é geralmente a condição dolorosa em que os tecidos moles do espaço subacromial (bursa, tendões da bainha rotatória, tendão do bíceps) são cronicamente induzidos entre a cabeça do úmero e o arco coracoacromial (acrômio anterior, ligamento coracoacromial, articulação acromioclavicular) (Rossi, 1998). Nesse espaço, um número de partes moles está localizado entre duas estruturas rígidas que se movem. Qualquer condição que afete a relação fisiológica entre essas estruturas e o espaço subacromial pode levar ao impacto.



Vamos entender isso?

A área atingida por essa inflamação é chamada de manguito rotador, formada por quatro músculos – o supraespinhoso, o infraespinhoso, o subescapular e o redondo menor. Estes músculos cobrem a cabeça do úmero, trabalhando em conjunto para elevar e girar o braço.

Quando se movimenta repetidamente o ombro em graus de maior tensão muscular do grupo do manguito rotador (importante estabilizador) e de menor espaço subacromial (90 a 120°), pode ocorrer a síndrome do impacto. Neste caso o manguito rotador é muito exigido, e tendo ainda um agravante, essa área sofre de hipovascularização perto da inserção do tendão do supraespinhoso e infraespinhoso, segundo alguns estudos. Então, além de ser uma área predisposta a inflamação, ainda é pouco vascularizada.



A síndrome do impacto pode resultar de compressões extrínsecas ou de perda de competência da bainha rotatória. (Fongemie et al, 1998).



O que pode causar a Síndrome do Impacto?

·               Arco de elevação do ombro que segundo Brotzman (1996), é anterior e não leteral, causando impacto das estruturas supra-umerais contra a superfície anterior do acrômio.

·               Uso dos membros superiores em demasia, como movimentos repetitivos acima da cabeça;

·               Erro na técnica que pode levar a um distúrbio das forças de equilíbrio do ombro, excedendo o nível de tolerância das partes moles, causando inflamação;

·               Váriantes anatômicas, traumas, instabilidade articular do ombro, fraqueza da musculatura da bainha rotatória.



Alguns fatores estruturais que podem contribuir para a Síndrome do Impacto

·               Escápula – Posição anormal devido a cifose torácica; movimento anormal do trapézio; paralisia ou mobilidade limitada do serrátil anterior

·               Articulação acromioclavicular – Anormalidade congênita; formação degenerativa do esporão.

·               Processo coracóide – Anomalia congênita e forma anormal após cirurgia ou trauma.

·               Úmero – Aumento da proeminência por tuberosidade maior devido a anomalia congênita ou má união

·               Acrômio – Acrômio não fundido; degeneração na superfície com esporão, má união em uma fratura, variante morfológica.

·               Ligamentos – Frouxidão ligamentar, calcificação do ligamento coracoacromial secundário a um trauma.

·               Manguito Rotador – Perda do mecanismo depressor da cabeça do úmero ocasionado por radiculopatia em C5 e C6, paralisia do nervo subescapular, ou supra-escapular ou axial, e por ruptura da cabeça longa do bíceps. Espessamento do tendão por deposição de cálcio; tendão espessado após cirurgia ou trauma; superfície superior irregular devido rupturas total ou parcial.

Quais os sintomas?

O quadro clínico típico das lesões por impacto é de incapacidade funcional do membro superior para as atividades realizadas acima da cabeça. A incapacidade de elevar ativamente o membro superior contra a gravidade pode indicar lesão extensa aos tendões do manguito rotador, sobretudo do músculo supra-espinal.

Um paciente portador da Síndrome do Imapacto geralmente sente dificuldade para pentear-se, vestir-se, estender roupas, fazer alguns exercícios físicos, tudo decorrente da dor no ombro.

Qual o tratamento?

Para iniciar o tratamento, é preciso saber a causa da disfunção e as alterações fisiológicas que ela causa, podendo ser preciso apenas o tratamento conservador até intervenção cirúrgica. A fisioterapia pode ser uma grande aliada, proporcionando alívio das condições sintomatológicas e etiológicas e estabelecendo a função normal do complexo articular do ombro.



Alguns tratamentos:

·         Uso de antiinflamatórios não esteróides;

·         fisioterapia com crioterapia, tens, ultras-som; ondas curtas e exercícios; infiltração com corticoesteróides;

·         cirurgia;

Para iniciar o tratamento, é preciso saber a causa da disfunção e as alterações fisiológicas que ela causa, podendo ser preciso apenas o tratamento conservador até intervenção cirúrgica. A fisioterapia pode ser uma grande aliada, proporcionando alívio das condições sintomatológicas e etiológicas e estabelecendo a função normal do complexo articular do ombro.

É preciso ter cuidado com exercícios na academia também e a sobrecarga dessa área. Como é uma articulação muito solicitada para os exercícios de membros superiores e o conjunto de músculos que compõem o manguito rotador também, é preciso ter cuidado com o equilíbrio na hora da prescrição de exercícios.

Procure um profissional devidamente habilitado e competente para fazer a prescrição do seu programa de treino.

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Postado por: Odiléia Corrêa






sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

DÊ UMA PROVA DE CARINHO AO SEU CORAÇÃO, MEXA-SE!

Quando praticamos exercícios físicos regularmente desencadeamos uma série de adaptações fisiológicas no organismo de forma gradual que variam conforme as características do treinamento. Dentre algumas dessas adaptações estão às cardiovasculares, dentre as quais se destaca a hipertrofia cardíaca, que ocorre frente a alterações hemodinâmicas que modificam as condições de sobrecarga cardíaca durante as sessões de treinamento. A hipertrofia cardíaca ocorre pela capacidade do músculo cardíaco de adaptar-se a sobrecargas hemodinâmicas, que levam às alterações na estrutura do miocárdio de duas formas: uma causada pela sobrecarga de volume, verificada com o treinamento físico aeróbico, como a corrida e a natação, chamada de hipertrofia excêntrica e outra causada pela sobrecarga de pressão, observada com o treinamento de força/isométrico como o levantamento de peso e o judô, que é conhecida como hipertrofia concêntrica.

Este tipo de hipertrofia cardíaca induzida pelo treinamento físico é fisiológica e desenvolvida de forma simétrica no coração, sendo que as mudanças na estrutura do músculo cardíaco são dependentes da natureza, duração e intensidade do exercício. Os diversos esportes podem ser classificados, fundamentalmente, em dois grandes grupos: esportes de endurance, também conhecidos como aeróbios e com características mais dinâmicas, e os esportes de força os quais chamamos de anaeróbios. Tecnicamente a Hipertrofia Cardíaca induzida pelo treinamento físico é simplesmente um aumento de massa muscular em resposta a sobrecarga de trabalho nas sessões de exercício.

A hipertrofia cardíaca excêntrica, observada no coração de atletas que realizam treinamento aeróbico, ocorre devido à sobrecarga de volume, ou seja, aumento da pré-carga devido ao aumento do retorno venoso durante as sessões de exercício, o que gera um elevado pico de tensão diastólica, induzindo ao crescimento dos miócitos. Neste, ocorre adição em série dos novos sarcômeros, e conseqüente aumento em seu comprimento pelo aumento no número das miofibrilas, para normalizar o estresse na parede do miocárdio levando a um aumento da cavidade do ventrículo esquerdo. A cavidade aumentada gera um elevado pico de tensão sistólica, que estimula o crescimento dos miócitos, pela adição de novos sarcômeros em paralelo, aumentando também a espessura da parede do ventrículo esquerdo de forma compensatória. Como conseqüência, a relação entre a parede ventricular e o raio do ventrículo esquerdo permanece inalterada.

A hipertrofia cardíaca concêntrica decorrente do treinamento de força é gerada pela sobrecarga pressórica que ocorre no ventrículo esquerdo, ou seja, pelo aumento da pós-carga, que é caracterizado pelo elevado pico de tensão sistólica. Como resposta a essa sobrecarga hemodinâmica ocorre aumento no diâmetro dos miócitos, pela adição de novos sarcômeros em paralelo, o que leva a um aumento na espessura da parede do ventrículo esquerdo. Tanto atletas como animais experimentais que realizam exercícios estáticos ou isométricos desenvolvem um aumento predominante da espessura da parede ventricular esquerda sem alteração no tamanho da cavidade do ventrículo esquerdo. Esta hipertrofia é caracterizada pelo aumento da razão entre a espessura da parede e do raio do ventrículo esquerdo.

Tenha cuidado com o seu mais precioso músculo e não coloque sua saúde em risco permanecendo no sedentarismo. Entrar num programa de atividade física regular de qualquer natureza é a maior prova de amor que você pode dar ao seu coração. Devido a complexidade do assunto e aos devidos cuidados na hora de prescrever sua rotina de exercícios, fique atento, exija sempre um profissional graduado e devidamente habilitado junto ao Conselho Regional de Educação Física – CREF da sua região para estar prescrevendo e acompanhando suas rotinas de treino.

Postado por: Gleidson Rebouças



Prof. Gleidson Mendes Rebouças

Especialista em Fisiologia do Exercício – Universidade Veiga de Almeida/RJ

Mestrando em Avaliação Física – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro - Portugal

Coordenador da Clínica Integrada de Educação Física – Uni-RN


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

CROSSFIT O QUE É ISSO?

Que tipo de treinamento é esse?


Esse vídeo é sensacional! Mulheres com garra animal e um físico invejável. Vendo isso, dá vontade de correr para uma academia e treinar muito!


CrossFit é o programa de treinamento físico usado em muitas academias de polícia, grupos de operaões táticas (como SWAT), unidades de operações especiais do exército americano (US Marines), campeões de artes marciais e centenas de outros atletas de elite e profissionais pelo mundo, mas também por pessoas comuns como mães, avós e mesmo pessoas com necessidades especiais. A especialidade do programa é não ser especializado. Assim define o site da modalidade www.crosfitbrasil.com.br.


Foi desenvolvido por Greg Glassman, há mais de 20 anos quando quis em um programa colocar o melhor de cada modalidade esportiva, desenvolvendo a resistência cardiorespiratória e muscular, a força, flexibilidade, potência, velocidade, coordenação, agilidade e equilíbrio. Esse programa de treinamento que está chegando com tudo ao Brasil, é voltado para o condicionamento físico geral, em um conjunto de exercícios funcionais, ou seja, que visam um trabalho não de um musculo, mas de um conjunto de músculos e capacidades físicas, com um padrão maior de recrutamento motor.


São usados como exercícios fundamentares muitos movimentos de levantamento de peso olímpico, e exercícios que promovam uma grande adaptação neuro-muscular, como correr, pular, remar, pedalar, etc. São flexões na barra livre, no chão, agachamentos, corridas carregando saco nas costas, tornando o treino cansativo até para quem vê. Alguns praticantes chegam a vomitar em algumas sessões.


Apesar de ser usado para treinamentos específicos de atletas e soldados, as pessoas que procuram essa modalidade são praticantes de atividade física comuns, que não se satisfazem com uma simples corrida ou um treino de musculação mais pesado na academia. Assim, esses praticantes mais afoitos, se identificam muito com o CrossFit e treinam até ficarem extenuados e literalmente cair. Mas cada pessoa trabalha com a intensidade e volume adequados para o seu condicionamento.


A academia para essa modalidade não é como as convencionais, há apenas barras livres, barras fixas, cordas, kettebells, medicine Ball, sacos e quase nenhuma máquina.



Os treinos são chamados de WOD (workout of the day) e sempre com movimentos relacionados a levantamento de peso e ginásticos, com diversidade sempre, ou seja, cada treino é diferente, divertido e motivante. E apesar de ser intenso, é indicado para qualquer pessoa, porque no programa é adaptada a carga e a intensidade, mas não o programa, que é usado para todos.

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Postado por: Odiléia Corrêa

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

FADIGA MUSCULAR E DOR MUSCULAR TARDIA

Na fisiologia do exercício, define-se como fadiga muscular o declínio na capacidade de gerar tensão muscular com a estimulação repetida. Indicar um único agente causador da fadiga muscular seria imprudente e incompleto. Dada à complexidade da geração de energia dentro da célula muscular, temos inúmeros fatores que afetam o desempenho muscular e consequentemente levam à fadiga do músculo. No sistema nervoso central ocorre o comando de todas as atividades voluntárias realizadas pela musculatura. Recentemente o conceito de fadiga central tem sido cada vez mais aceito e valorizado.

Por mecanismos ainda não bem definidos, o cérebro agiria, de forma inconsciente, como fator limitante nas atividades físicas extenuantes. Esse comando, para que movimentos musculares sejam interrompidos, seria uma forma de evitar lesões em músculos e até mesmo em outros órgãos como o coração, já que essas estruturas estariam perto do limite da sua produção energética. Ao ultrapassar essa capacidade máxima de produzir energia, esses músculos e órgãos estariam correndo um grande risco de lesão.

O sistema nervoso periférico é o responsável por essa sensibilidade e pela transmissão de impulsos tanto para a produção de atividade muscular quanto para sua parada. A junção neuromuscular é o local de transição entre o nervo periférico e as células musculares produtoras de movimento. Existem várias substâncias nessa junção que intermediam os comandos que foram emitidos pelo cérebro e chegaram até o músculo através dos nervos periféricos. Ao chegar à junção esse impulso elétrico libera substâncias (como a serotonina e acetilcolina) que são responsáveis pelo estímulo de contração realizado pelas fibras musculares. Ao ocorrer esse estímulo a célula muscular utiliza suas reservas de geração de energia e busca na corrente sanguínea uma suplementação desses substratos (carboidrato, gorduras e proteínas).

Assim sendo, podemos considerar que a fadiga é produzida por vários fatores que têm relação com as exigências específicas do exercício que a produziu. Por exemplo: em um exercício submáximo prolongado a diminuição dos estoques de glicogênio muscular leva a incapacidade do músculo em produzir sua contração. Por maior que seja a oferta de oxigênio à essa célula, ela não conseguirá produzir energia na ausência de seu principal substrato. Já nos exercícios de alta intensidade e curta duração a principal causa da falência muscular e consequente interrupção do exercício se dão pela falta de oxigênio (que atua não como combustível, mas como substancia tampão) e um aumento drástico na concentração de ácido láctico. Nesse caso também ocorre uma depleção rápida das reservas energéticas de consumo imediato existentes dentro da célula (compostos principalmente por fosfato e aminoácidos específicos  conhecidos como sistema ATP-CP).

Já a DOR MUSCULAR DE INÍCIO TARDIO é uma dor residual que aparece nos músculos exercitados após muito tempo sem atividade. Ela pode aparecer logo após os exercícios e persistir por 3 a 4 dias. As hipóteses mais prováveis para sua etiologia são:



 Minúsculas lacerações nas fibras musculares responsáveis pelo exercício;

 Lesão no arcabouço que reveste a fibra muscular (composto por tecido conjuntivo) causado por excessivo estiramento ;

 Retenção de líquidos nos tecidos ao redor das fibras musculares;

 Alteração na concentração de cálcio intracelular;

 Espasmos na célula muscular;

 Combinação dos fatores acima.

Sua prevenção seria realizada através de um preciso planejamento de retorno às atividades físicas após algum período de inatividade. Priorizar exercícios de baixa intensidade com tempo de duração progressivamente maior pode ser a principal arma de prevenção contra estes fatores.

Postado por: Gleidson Rebouças



Especialista em Fisiologia do Exercício – Universidade Veiga de Almeida/RJ

Mestrando em Avaliação Física – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro - Portugal

Coordenador da Clínica Integrada de Educação Física – Uni-RN

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

CORTISOL E EXERCÍCIO FÍSICO

Que o exercício físico tem um papel fundamental na melhoria de vida do ser humano, todo mundo já sabe. O que nem todo mundo sabe é que o exercício físico ao quebrar a homeostase altera diversos sistemas fisiológicos, dentre eles o sistema endócrino. Este sistema é para muitos, sinônimo de preocupação, pois as desordens hormonais podem trazer resultados trágicos para o indivíduo. Contudo, a atividade física tem poder de alterar certas configurações que são, ao contrário do que muitos pensam, maravilhosamente benéficas para o praticante e nos protegem do ataque de alguns hormônios indesejáveis para um dado objetivo.

O cortisol é o principal glicocorticóide produzido pelo córtex suprarrenal (10-20 mg diários) e afeta profundamente o metabolismo da glicose, das proteínas e dos ácidos graxos livres (Mcardle, Katch e Katch; 2008). Após ser sintetizado, o cortisol passa para o sangue, mas sua concentração não permanece constante todo o dia (80 – 100 minutos). As situações com uma alta carga emocional ou as demandas estressantes da atividade física estimulam uma glândula chamada hipotálamo a secretar um fator de liberador de corticotropina que por sua vez irá induzir a glândula hipófise a liberar outro hormônio chamado de Adrenocorticotrópico (ACTH). Este último promoverá a liberação dos glicocorticóides (dentre eles o cortisol) pelo córtex suprarrenal (glândula localizada logo acima dos rins). Nesse efeito dominó de liberação de hormônios os resultados apontam para o catabolismo de proteínas em todas as células do organismo com exceção do fígado (Wilmore e Costill, 2001).

É fato de que altas cargas de treino e períodos incompletos de recuperação e descanso entre as sessões programadas podem levar o praticante a uma condição de overtraining e altas concentrações de cortisol. Mas embora o cortisol possa produzir efeitos colaterais, o treinamento induz o desenvolvimento de diversos mecanismos para proteger os tecidos de tais efeitos deletérios. Diversos estudos apontam para isso e mostram que mesmo após períodos estressantes de treinamento de longa duração os sujeitos investigados ou não apresentam mudanças nos níveis de concentração do cortisol de repouso e em alguns casos houve diminuição destes níveis, fato esse que os pesquisadores relacionaram com melhora no desempenho (Dressendorfer, et al, 1991; Maestu, Jurimae e Jurimae, 2003; Wheeler, et al, 1991; Wittert, et al, 1996; Fernandez-Garcia, et al, 2002; Bonifazi, et al, 1995; Bauer, et al, 2000). A Principal razão para isso está atribuída à modulação dos níveis séricos de cortisol livre (forma ativa) pela ligação à globulina ligante do cortisol ativando a enzima conversora do cortisol em cortisona que é sua forma inativa. Com isto o organismo torna-se menos responsivo ao estresse o que traz efeitos benéficos para a saúde física e mental, protegendo-nos das conseqüências do estresse crônico e de doenças relacionadas ao estresse. Portanto, pessoas que tem um dia-a-dia muito estressante por qualquer motivo psicossocial e/ou emocional e que não se inserem em uma prática regular de atividade física, estão muito mais susceptíveis aos danos causados pelo efeito catabólico do cortisol em sua forma ativa. Dessa forma, mexa-se e vá depressa procurar um profissional de Educação Física graduado e devidamente habilitado junto ao Conselho Regional de Educação Física – CREF da sua região para estar prescrevendo e acompanhando suas rotinas de treino com segurança e objetividade.

Postado por: Gleidson Rebouças

Especialista em Fisiologia do Exercício – Universidade Veiga de Almeida/RJ

Mestrando em Avaliação Física – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro - Portugal

Coordenador da Clínica Integrada de Educação Física – FARN


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Exercícios aeróbicos e anaeróbicos, qual a diferença?

A maior diferença entre esses dois tipos de atividade física é o de metabolismo energético que será usado para produzir energia.



Nos exercícios aeróbios

O oxigênio funciona como fonte de queima dos substratos que produzirão a energia transportada para o músculo em atividade. Para ter essa característica, o exercício precisa ter uma duração maior, podendo ter intensidades diferentes.



Os benefícios

·               Fortalecimento dos músculos que estão envolvidos na respiração;

·               hipertrofia do músculo cardíaco;

·               aumento da massa muscular;

·               redução do peso corporal;

·               melhor controle da pressão arterial de repouco;

·               aumento do número de hemácias;

·               diminuição dos níveis glicêmicos;

·               melhoria do perfil lipídico;

·               aumento da resistência pela elevação das reservas de energia nos músculos;

·               redução do risco de morte provocado por problemas cardiovasculares;

·               se for atividade aeróbica com impacto, como corrida, pode estimular o crescimento ósseo, diminuindo os riscos de doenças como osteoporose.

·               aumento do VO2 máx.



Exercícios anaeróbicos

Utilizam uma forma de energia que independe do uso do oxigênio, daí o termo anaeróbio. São exercícios com intensidade maior e curta duração e com produção de ácido lático.



Alguns exercícios anaeróbios:

·               Exercícios de velocidade com ou sem carga, como a corrida de cem metros rasos, saltos, o arremesso de peso;

·                os exercícios resistidos com peso, popularmente chamados de musculação.



Os exercícios anaeróbicos mais praticados popularmente são a musculação ou exercício contra resistido, que no passado foi muito criticado quanto ao seu benefício para o emagrecimento.

Pesquisas são claras demonstrando que atividades físicas predominantemente aeróbicas, não são a única forma de perder peso. A gordura é o substrato mais usado nesse tipo de atividade, mas não é um fator único a ser levado em consideração na perda de peso. O gasto calórico total da atividade também deve ser levado em consideração, e nesse aspecto, as atividades físicas de maiores intensidades produzem gasto calórico elevado, sendo eficientes na redução da gordura corporal. Lembrando também que há queima de gordura no período pós-exercício, o que pode acontecer nas duas atividades, porém mais nas sessões anaeróbicas.



Os benefícios:

·               Redução da freqüência cardíaca;

·               Redução da pressão arterial;

·               Redução do consumo de oxigênio pelo miocárdio, avaliado pelo duplo produto;

·               Aumento do volume sistólico;

·               Aprimoramento dos indicadores da função sistólica e diastólica.



O ideal é juntar os dois tipos de atividade para melhorar tanto o condicionamento cardiorespiratório quanto o neuromuscular. Fale com um professor de educação física e comece o seu treino!

Claro que a alimentação tem um papel importante para cada objetivo que se tem na realização da atividade física. Sem o balanço energético, é bem mais difícil conseguir uma perda de peso, ou o ganho de massa muscular, por exemplo.

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Postado por: Odiléia Corrêa