quinta-feira, 29 de setembro de 2011

MOTIVOS PARA VOCÊ PRATICAR ATIVIDADE FÍSICA

Você está precisando de motivos para começar um programa de atividade física?


Há muito se fala dos benefícios da atividade física tanto para a prevenção de doenças, como para manutenção da saúde. Hoje vamos falar um pouco sobre os exercícios aeróbicos na ajuda para o controle da hipertensão arterial sistêmica (HAS), e sobre a influência da atividade física de um modo geral na vida das pessoas.

Influência na PA

A HAS é um fator de risco para doenças cardiovasculares, e geralmente é controlada por medicamentos, mas nem todos os pacientes matem a pressão arterial (PA) controlada. No entanto, sabemos que a prática de atividade física pode reduzir a PA e os medicamentos, melhorando a qualidade de vida. Orientações alimentares também são úteis.
Sabe-se que 75% dos pacientes hipertensos que praticam exercício físico regular, diminuem os níveis de PA, o que mostra a importância dessa ferramenta no tratamento da HAS.
Estudo feito no programa da família em Ipatinga mostrou que em 10 semanas de caminhada com intensidade moderada, para pacientes hipertensos que tomavam anti-hipertensivo resultou em:
·               suspensão de medicamentos em alguns pacientes e diminuição da necessidade em outros;
·               provou a redução na PA sistólica e diastólica;
·               melhorou a quallidade de vida;

 Efeitos sobre a saúde em geral
          
·            controle ou diminuição da gordura corporal;
·            manutenção incremento da densidade óssea;
·            aumento do volume de sangue circulante, da resistência física em 10-30% e da ventilação pulmonar;
·            melhora nos níveis de HDL (lipoproteínas de alta densidade) e diminuição dos níveis de triglicérides, colesterol total e LDL (lipoproteínas de baixa densidade), dos níveis de glicose - diminuição de marcadores anti-inflamatórios associados às doenças crônicas não transmissíveis;
·            diminuição do risco de doença cardiovascular, acidente vascular cerebral tromboembólico, hipertensão, diabetes tipo 2, osteoporose, obesidade, câncer de cólon e câncer de útero.
·            melhora do auto-conceito, auto-estima, imagem corporal, estado de humor, tensão muscular e insônia;
·            prevenção ou retardo do declínio das funções cognitivas;
·            diminuição do risco de depressão;
·            diminuição do estresse, ansiedade e depressão, consumo de medicamentos e incremento na socialização.
·            efetivo no manejo de desordens de ansiedade e depressão, demência, dor, insuficiência cardíaca congestiva, síncope, acidente vascular cerebral, profilaxia de tromboembolismo venoso, dor lombar e constipação.
·            o risco de doença de Parkinson também tem sido associado à atividade física. Estudo com mais de 125.000 sujeitos (CHEN et al., 2005) mostrou que a atividade física na idade adulta jovem foi inversamente relacionada com o risco de Parkinson (60% menos risco nos homens que realizavam atividade física vigorosa mais de 10 meses por ano).


Orientação da Atividade Física

Segundo alguns estudos, a recomendação de atividade física para a melhora ou manutenção da saúde se dá:

Atividades aeróbica: atividade de intensidade moderada pelo menos 30 minutos diários, cinco dias na semana.
Fortalecimento muscular: exercícios com peso realizados em uma série de 10-15 repetições, de 8 a 10 exercícios que trabalhem os grandes grupos musculares, de dois a três dias não consecutivos.
Flexibilidade: atividades de pelo menos 10 minutos com o maior número de grupos de músculos e tendões, por 10 a 30 segundos; em 3 a 4 repetições de cada movimento estático, todos os dias de atividades aeróbicas e de fortalecimento.
 Equilíbrio: exercícios de equilíbrio três vezes por semana.

É importante dizer que as recomendações acima vêm de estudos anteriores e para o objetivo é a manutenção da saúde e prevenção de doenças e que, dependendo do seu objetivo, a intensidade e volume dos exercícios podem ser mudados. Também deixamos claro que qualquer atividade física deve ser orientada por um profissional habilitado.
Viu como a atividade física é importante para a sua vida? O que está esperando? Procure uma atividade que você goste de fazer e vá em frente!
Se precisar de alguma sugestão, pode nos procurar! 

Postado por: Odiléia Corrêa

Sites visitados:

http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/17-2/05-exercicio.pdf
http://periodicos.ses.sp.bvs.br/scielo

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCALIZADA E IDOSOS


Efeitos da resistência muscular
localizada visando a autonomia funcional
e a qualidade de vida do idosos

Aragão, J.C.B.; Dantas, E.H.M.; Dantas, B.H.A. Efeitos da resistência muscular localizada visando a autonomia funcional e a qualidade de vida do idoso. Fitness & Performance Journal, v.1, n.3, p.29-37, 2002

RESUMO

Os transtornos causados pela perda progressiva da autonomia refletem-se nos diversos domínios na vida do geronte, provocando conseqüências como uma motricidade desequilibrada e precária. As manifestações à cerca da motricidade humana buscam melhorar a qualidade de vida dos indivíduos.
Baseando-se nestas informações, este estudo tem como objetivo investigar os efeitos da resistência muscular localizada (RML) dos membros inferiores, superiores e coluna dorsal, visando a autonomia funcional no desempenho das atividades da vida diária (AVDs) e a qualidade de vida (QV), em indivíduos idosos. O grupo, de características homogêneas, foi composto por 114 mulheres acima de 60 anos de idade, selecionadas aleatoriamente em centros de atividades para idosos, da Zona Oeste da Cidade do Rio de Janeiro. Esse grupo foi submetido a uma única sessão de testes e entrevista para mensurar as variáveis RML, AVDs e QV.
Na avaliação da RML, utilizou-se o tempo de execução dos Testes de Avaliação da Resistência Muscular Localizada (TARMLo): a. agachamento com pernas alternadas; b. extensão estática do tronco; e c. extensão de braços modificada. Na avaliação das AVDs, foram utilizados os Testes de Avaliação Funcional nas Atividades da Vida Diária (TAFAVDs) compostos por: caminhar 10 metros (C10M); “Time Up & Go Test” (TUG); levantar−se da posição sentada (LPS) e levantar−se da posição decúbito ventral (LPDV); e o Questionário Senior de Atividades Físicas (QSAF). Para a avaliação da variável QV, adotou-se o Questionário de Qualidade de Vida da Organização Mundial de Saúde (WHOQOL). Para a descrição das variáveis de cunho discreto, utilizou-se a estatística descritiva. Para analisar o grau de homogeneidade dos dados utilizou-se o teste post-hoc da curtose. Ainda foi utilizado o teste Não Paramétrico Qui-Quadrado, através do qual fez-se uma análise de cruzamento das respectivas classificações, tomadas dois a dois. O nível de significância adotado foi de p <0,05, isto é, 95% de certeza para as afirmativas e/ou negativas denotadas durante as investigações. Os resultados encontrados demonstram haver correlação significativa entre as variáveis QV e TAFAVDs (p=0,01158); TAFAVDs e TARMLo (p=0,01873); TAFAVDs e QSAF (p=0,01773); e TARMLo e QSAF (p=0,00253). A análise dos dados revelou que indivíduos com autonomia no desempenho das AVDs possuem melhor qualidade de vida e que quanto maior o estado de resistência muscular localizada de um indivíduo, melhor a autonomia no desempenho das AVDs e melhor a autonomia exprimida pela autopercepção.


COMENTÁRIO

Em um artigo anterior, abordamos a importância em desenvolver a força corporal, melhorando o equilíbrio e proporcionando uma melhor qualidade de vida, aumentando a autonomia nas atividades de vida diárias. Mas nesse, verificamos que o desenvolvimento da resistência localizada também melhora a AVDs. Mas o que tem em comum esses dois tipos de trabalho?
Os dois tipos de trabalho atuam inicialmente e diretamente no sistema nervoso central, fazendo aumentar o recrutamento dos nervos motores e de suas fibras, fazendo, de certo modo, aumentar a força e, com isso, a estabilização das articulações adjacentes. Além da estabilização, ocorre uma melhora na motricidade, mobilidade e locomoção para as tarefas do cotidiano.
O treino funcional, através de seus protocolos de treinos, visa essa melhora descrita acima, onde o ser humano consiga realizar, de maneira mais eficiente, as atividades de casa, do trabalho, de algum hobby ou atividade física de lazer ou profissional.

Para ler o artigo inteiro entre no endereço http://www.fpjournal.org.br


Postado por: Léo Lima

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

RESISTÊNCIA


         Existem duas formas didáticas de resistência, mas que na prática interagem de forma interdependente: a resistência localizada, que se refere ao trabalho muscular e a resistência sistêmica, que se refere à capacidade de captação do oxigênio, transporte e trocas gasosas com o músculo.
         Dentro de uma filosofia de que não adianta treinar apenas o sistema energético ou apenas a resistência localizada muscular, deve-se proporcionar uma melhora nas duas vias de trabalho, pois dentro de uma necessidade posterior em realizar um trabalho esportivo ou simplesmente tarefas do dia-a-dia, ambas agem mutuamente para um melhor rendimento.
         O treino funcional tem essa visão muito bem internalizada, pensando sempre em unir a repetição do gesto com a intensidade própria e individualizada para gerar adaptação. Elementos como corridas livres para frente, trás, lateral e mudança de direção, além de movimentos de membros inferiores e superiores, resistência do core, tudo isso faz parte de um sistema de treino de resistência completo, visando uma melhor precisão dentro da execução dos movimentos repetido.
       Abaixo, um vídeo de resistência para vocês terem idéia do que é o treinamento funcional.
 

Postado por: Léo Lima

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

TÊNIS ADEQUADO PARA SEU TIPO DE PÉ


No post passado de dica de saúde, falamos sobre os diversos tipos de pisada. Hoje, para complementarmos, vamos falar de tênis, citar alguns que são considerados os melhores para os diferentes tipos de pés e ajudar na escolha para um bom desempenho da corrida.
Em primeiro lugar, se vai escolher um tênis para caminhar ou correr, não tenha vergonha de, na loja, calçar, andar, e ver se está confortável, o que é mais importante. Se o tênis não estiver adequado do tamanho ao modelo, pode causar desde pequenos problemas até lesões nos ligamentos. Você tem que saber o seu tipo de pisada, não comprar tênis que aperta no pé, porque depois de certo tempo de corrida, ele se tornará insuportável (para saber seu tipo de pisada olhe nosso post sobre “tipos de pisada”, no marcador “dica de saúde”).
Para o tamanho adequado, não adianta calçar e tocar na ponta do dedão, nem sempre é o dedo maior do pé, não é mesmo? Você tem que avaliar o tamanho pelo maior dedo do pé, é aconselhável adquirir o calçado com um tamanho maior do que das sandálias, no caso de mulheres, porque com o aumento do fluxo sanguíneo para a oxigenação, o pé tende a ficar um pouco inchado na hora da corrida ou caminhada.
Infelizmente, nas embalagens os fabricantes não indicam para que tipo de pisada o tênis é adequado. Uma dica é olhar os reforços nas laterais do solado, nas partes internas e externas, frequentemente feitos de cores e texturas diferentes para melhor identificação.
Para pés que pisam para dentro (pronação)- os tênis têm suporte reforçado na lateral interna do solado para compensar a pisada.
Pés que pisam para fora (supinição) merecem tênis com reforço na lateral externa. 

          É importante saber que uma pessoa que treina corrida mais de três vezes por semana, por mais de uma hora, deve trocar o tênis a cada cinco ou seis meses porque a tecnologia de absorção de impacto vai se desgastando. Vale a pena comprar modelos de coleções passadas, que geralmente não são muito diferentes do lançamento e são bem mais baratos.
Para os que praticam caminhada, não precisa de tanto critério, basta que o calçado tenha solado com dois centímetros, no mínimo de altura. É suficiente que tenha a metade da resistência e capacidade de absorção do impacto. “Nem todos os tênis de caminhada servem para a corrida, porém todos os de corrida servem para caminhar, só não vale fazer caminhada com tênis de solado muito fino”.

Vamos conhecer alguns tênis e para que pisadas eles são adequados

Nossa intenção não é fazer propaganda de nenhuma marca ou modelo, apenas vamos mostrar os mais procurados no mercado pela tecnologia que oferecem.


PARA PRONADORES

 

Nike Vomero
O novo Nike Vomero é um tênis de corrida da categoria amortecimento, voltado para corredores que precisam de proteção extra contra o impacto e buscam um tênis muito macio, além de leve. Embora seja um tênis com excelente amortecimento, o Vomero também traz boa estabilidade, ou seja, também faz o controle da pronação.
O tecido do Vomero não tem costuras e, portanto é muito confortável e causa menos bolhas ou machucados no pé. Além disso, o uso de um tecido leve deixa o ar entrar e sair mais facilmente do interior do tênis, não causando aquela sensação de aquecimento no pé ao correr.


Site do fabricante: nikerunning.nike.com

Tênis Mizuno Wave Nirvana
O Mizuno Wave Nirvana é um tênis de corrida para categoria estabilidade, indicado para corredores com tipo de pisada pronada. Na verdade o Nirvana combina estabilidade com um bom amortecimento, ou seja, o tênis também ajuda a absorver o impacto.
A estabilidade e suporte do Nirvana vêm da tecnologia Wave, já presente nas outras versões do Nirvana, uma placa de plástico inserida na entressola, que trabalha ao mesmo tempo dando amortecimento e suporte.
Outra tecnologia usada no Mizuno Nirvana é a SmoothRide, que minimiza a rápida aceleração e desaceleração do pé durante a transição (pisada). Seu tecido permite a entrada e saída de ar com mais facilidade, não permitindo que a temperatura “esquente” dentro do tênis.
A Mizuno oferece versões bem diferentes para homens e mulheres. A versão feminina tem maior suporte porque mulheres tendem a pronar mais que homens. A versão masculina tem mais amortecimento.



Site do fornecedor: www.mizunobr.com.br

Tênis Asics Gel kayano
A modelagem do Gel-Kayano apresenta a evolução da linha de orientação - tecnologia Guidance Line - inovadora construção por toda a extensão da sola que acompanha os movimentos de cada passada distribuindo o impacto uniformemente, proporcionando maior suavidade durante cada transição.
Além disso, essa nova tecnologia proporciona maior leveza ao calçado, tornando o Gel-Kayano 17 ainda mais leve que as versões anteriores.            Maior eficiência na transição maior leveza = aumento da performance dos corredores.
           Além disso, O Gel Kayano 17 trata das diferenças entre homens e mulheres através da manutenção do sistema Plus 3 nas versões femininas - a tendinite aquileana está entre as doenças mais freqüentes entre as mulheres que praticam corrida, desse modo, o Plus 3 apresenta uma elevação de 3 mm do calcanhar para minimizar a pressão do tendão de Aquíles.            Fora isso, o Kayano 17 mantém as funções dos Gender Specific Cushioning, diferenciando as características de absorção de impacto na entressola entre homens e mulheres levando em consideração as necessidades individuais de casa um desses grupos.


Site oficial do fabricante: www.asics.com.br

PARA PISADAS NEUTRAS

O Nike Air Pegasus na sua versão 26 já foi lançado nos Estados Unidos e recebeu o prêmio de Melhor Compra da revista Runners World, edição de Setembro de 2009.
O Pegasus é um tênis de corrida da categoria amortecimento, recomendado para corredores pesados, com arco do pé normal ou alto, que tenham tipo de pisada neutra.
O tênis oferece bom suporte e amortecimento. Seu cabedal está mais leve, mas continua com o mesmo tipo de acomodação do pé.

Site do fabricante: www.nikecorre.com.br

Tênis Asics Nimbus
Pode-se dizer que o Nimbus é um tênis de corrida feito para corredores que precisam de amortecimento extra. Os corredores mais pesados irão se beneficiar da dupla camada de espuma no calcanhar.
De forma geral o Nimbus é bem confortável, que fica bem justo ao pé, é durável e absorve muito bem o impacto. A Asics deu continuidade ao seu modelo de cadarço diferenciado, que segue a linha natural do pé, e deixou o Nimbus um pouquinho mais leve nesta versão ao usar um novo material na fabricação da sola.
No entanto, como outros tênis da categoria amortecimento, o Asics Nimbus ainda é um tênis de corrida mais pesado. O tênis é indicado para corredores neutro-supinados.
Nos Estados Unidos a Asics lançou uma edição limitada do Gel-Nimbus 13 tanto para homens, como para mulheres, nas cores preto e prata e com solado multicolorido e costura em duas cores.

Site oficial do fabricante: www.asics.com.br

PARA SUPINADORES

Tênis Nike Air Citius
O Nike Air Citius é um tênis de corrida indicado para corredores com tipo de pisada neutra ou supinada, que procurem um tênis com amortecimento básico e que seja bem leve para o treino.
O Nike Citius usa a tecnologia de amortecimento Air em toda a sola e o tecido do cabedal é leve promove ótima respiração. É um tênis de corrida básico, mas tem um preço muito bom.
   
Site do fabricante: www.nikecorre.com.br

Tênis Mizuno Wave Creation
Sucesso de vendas no Brasil, o Wave Creation  conta com a nova tecnologia SmoothRide, solado diferenciado construído com partes rígidas e flexíveis de maneira a otimizar ao máximo a perda de energia do corredor. Indicado para atletas com pisada neutra e subpronada, o modelo conta ainda com a placa Wave - único sistema que disponibiliza na mesma plataforma amortecimento e estabilidade - e a revolucionária tecnologia Gender Engineering, que maximiza a performance através de diferenciais funcionais no solado conforme as características biomecânicas dos homens e das mulheres.
Site do fornecedor: www.mizunobr.com.br

PARA TRIATLETAS      

Tênis Aiscs Gel Noosa
A coleção GEL-Noosa Tri foi projetada para atender às necessidades dos triatletas em dia de corrida.
Em primeiro lugar, podemos destacar a maciez do solado, que além de proporcionar uma excelente absorção de impacto através do sistema de amortecimento em GEL, possui uma entressola confeccionada em Solyte - material altamente leve e de formulação especial para melhor propulsão.
Além disso, a sola possui detalhes em auto-relevo que favorecem o grip com o solo, proporcionando uma maior rapidez de resposta a cada passada.
Esse conjunto de funcionalidades é perfeito para pernas que já passaram pelos rigores de uma longa corrida de bicicleta.


Site oficial do fabricante: www.asics.com.br
 Postado por Odiléia Corrêa

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

TREINAMENTO DE FORÇA E FLEXIBILIDADE EM MULHERES

Efeitos do treinamento de força e de flexibilidade
sobre a autonomia de mulheres senescentes*
Effects of strength and flexibility training on autonomy of older women*
PALAVRAS-CHAVE – flexibilidade, força, autonomia, idoso.

VALE, R.G.S.; NOVAES, J.S.; DANTAS, E.H.M. Effects of strength and flexibility training on autonomy of older women. R. bras. Ci e Mov. 2005; 13(2): 33-40.

 RESUMO

 O presente estudo teve por objetivo comparar os efeitos do treinamento resistido de força e de flexibilidade sobre a autonomia funcional das atividades da vida diária (AVD) em 36 mulheres senescentes. Métodos - Os sujeitos foram distribuídos em dois grupos, um de treinamento de flexibilidade (GFLEX, n=18) e outro de treinamento resistido de força (GFOR, n=18). Foram utilizados testes de autonomia para avaliar as AVD. A análise estatística foi feita de forma descritiva e inferencial (teste t de Student).
RESULTADOS- Os grupos GFOR (GRUPO DE FORÇA) e GFLEX (GRUPO DE FLEXIBILIDADE) apresentaram variações de –22,3±7,10% e –18,5±8,12% para a autonomia (p=0,048), respectivamente. O nível de significância adotado foi de p<0,05 para todos os casos. Conclusão - Concluiu-se então, que o GFOR alcançou maiores incrementos nas AVD com o tratamento experimental.

COMENTÁRIO
*Primeiramente, antes de comentar-mos esse artigo muito interessante, é preciso esclarecer o termo “senescente”, que quer dizer, de forma mais suave ou não, mulheres idosas.
Nós gostamos de muito citar idosos nos artigos e comentar pesquisas com idosos, porque é nessa fase onde ocorrem as maiores perdas das funções fisiológicas do organismo, como força, flexibilidade, coordenação, equilíbrio, resistência geral e local. Então, se conseguimos obter ganhos e melhoras funcionais com essa população, teremos maior facilidade em entender e trabalhar com populações de idades mais baixas. 
O referido estudo põe em evidência os efeitos provocados no organismo por dois tipos de treinos, de força e o de flexibilidade, aplicados de forma individual em grupos diferentes para analisar a melhora da funcionalidade do indivíduo, ou seja, as atividades da vida diária (AVD). O interessante é que os dois tipos de trabalho, o grupo de força e o grupo de flexibilidade, obtiveram ganhos consideráveis na funcionalidade, porém, o grupo de trabalho de força, obteve melhoras muito maiores se comparados ao grupo de flexibilidade e às pessoas que não realizam nenhuma atividade.
Esse resultado mostra novamente que a melhora nos níveis de força corporal, gera uma melhora em outras valências coordenativas que dependem da ativação neural, como a coordenação motora, o equilíbrio e controle corporal.
O treinamento funcional preconiza um trabalho de força que foca principalmente na funcionalidade do ser humano, o que esse ser humano precisa melhorar para vencer o dia-a-dia da melhor forma possível, seja ele dona de casa, advogado, médico ou um atleta de qualquer modalidade esportiva. Essa atividade da vida diária é minuciosamente analisada e trazida na forma das valências, cadeias musculares e sistemas energéticos utilizados. É a força para seu dia.
Para ver o artigo inteiro, entre na página http://www.portalrevistas.ucb.br

Postado por: Léo Lima

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A FIBROMIALGIA NA QUALIDADE DE VIDA E FORÇA MUSCULAR DOS PACIENTES



A fibromialgia (FM) é uma síndrome reumática crônica não-inflamatória, de causa desconhecida, que acomete preferentemente mulheres, entre 30 e 60 anos, caracterizada pela presença de dor musculoesquelética difusa e dos chamados tender points.
O American College of Rheumatology (ACR)4 em 1990 definiu os critérios de classificação da FM, e estes foram validados para a população brasileira em 1999 por Atallah-Haun et al3. Esses critérios são: dor generalizada em pelo menos três dos quatro quadrantes corporais nos últimos 3 meses e dor localizada à palpação em pelo menos 11 dos 18 tender points, que são locais dolorosos preestabelecidos.
A dor, juntamente com outras características, como distúrbio do sono e fadiga (cansaço)-, contribuem para a piora da aptidão cardiorrespiratória, do estado geral de saúde e da qualidade de vida dos pacientes1.
O tratamento consiste principalmente no alívio dos sintomas. Analgésicos, antidepressivos, exercícios e educação do paciente são amplamente empregados.
Entretanto, essas medidas, quando aplicadas isoladamente, não conseguem melhorar significantemente a qualidade de vida dos pacientes, o que realça a necessidade de terapias mais intensivas e globais que possam favorecer a melhora do desempenho dos pacientes.
Além disso, tem-se reconhecido que pacientes com FM têm redução considerável da força e desempenho muscular se comparados com sujeitos sem a doença. Mannerkorpi et al1. , encontraram em um terço das mulheres diagnosticadas com FM, falta de força muscular ou flexibilidade em membros superiores para realização de atividades diárias simples como alcançar prateleiras altas ou lavar seus cabelos.
Sabendo-se que a força muscular é um importante componente da aptidão física relacionada à saúde, além de exercer papel relevante para o desempenho físico em inúmeras atividades de vida diária e/ou esportivas.
Torna-se necessário um acompanhamento mais global e único dos pacientes com fibromialgia, onde os mesmos seriam assistido (orientados), por um fisioterapeuta, médico, psicólogo,nutricionista,educador físico, todos estes profissionais  no intuito de melhor atender às demandas de saúde do paciente com FM.
Pois, apenas com um tratamento multiprofissional é que o paciente conseguiria melhorar a qualidade de vida em relação a saúde.


Postado por: Renata Alencar


Referências bibliográficas:

1. Mannerkorpi K, Burckhardt CS, Bjelle A. Physical performance characteristics of women with fi bromyalgia. Arthritis Care Res 1994; 7(3):123-29.

2. Martinez JE, Fujisawa RM, Carvalho TC, Gianini RJ. Correlação entre a contagem dos pontos dolorosos na fi bromialgia com a ntensidade dos sintomas e seu impacto na qualidade de vida. Ver Bras Reumatol 2009; 49:32-8.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Mobilidade

Dantas (1999) define mobilidade como a propriedade que possuem as articulações de realizarem determinados tipos de movimento, dependendo de sua estrutura morfológica. A mobilidade tem influência sobre a flexibilidade no tocante ao grau de liberdade da articulação.
Uma boa mobilidade é essencial para o aperfeiçoamento de muitos movimentos usados no dia a dia e nos desportos. Gomes (2010) faz uma análise de alguns desses movimentos como, por exemplo, uma baixa mobilidade do tornozelo dificultando a prática da corrida, quando uma boa dorsiflexão é uma condição para o impacto no solo dos corredores. Se essa mobilidade é baixa, o impacto será maior, aumentando o estresse articular e ósseo, sendo uma pré-condição para as famosas fascites plantares.
 Dantas, et al (2002), diz que com o envelhecimento surge um aumento da densidade na cartilagem e nos tecidos ao seu redor, além da tendência à perda da elasticidade dos músculos, ao desenvolvimento da artrite e de outras patologias do aparelho locomotor, que intensificam a restrição do movimento articular, reduzindo a flexibilidade.
A perda da mobilidade preocupa qualquer pessoa, especialmente com o avançar da idade, quando há diminuição na amplitude do movimento articular e o aumento do enrijecimento articular, podendo envolver a deterioração da cartilagem, dos ligamentos, dos tendões, do fluido sinovial e dos músculos.
Há um maior impacto na capacidade funcional decorrente das mudanças fisiológicas que afetam a mobilidade da pessoa de idade. Os exercícios funcionais estão aptos a evitar esse processo, diminuindo o enfraquecimento muscular e uma restauração do equilíbrio. A vulnerabilidade muscular e conseqüente falta de equilíbrio representam fatores de risco para as quedas nos idosos ( DANTAS, et al, 2002).
Muitos exercício funcionais exigem uma maior amplitude de movimento, necessitando assim, de um trabalho prévio para a melhora da mobilidade articular. Exercícios simples de mobilidade podem aumentar a flexibilidade e melhorar a saúde das articulações.

Postado por: Odiléia Corrêa

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DANTAS, E. H. M; PEREIRA, S. A. M.; ARAGÃO, J. C.; OTA, A. H.. A preponderância da diminuição da mobilidade articular ou da elasticidade muscular na perda da flexibilidade no envelhecimento. Fitness & Performance Journal, v. 1, n3, 2002.
DANTAS, Estélio H. M. – Flexibilidade: alongamento e flexionamento. 4º Ed. Rio de Janeiro, Shape, 1999.
GOMES, Marcus Vinícius – Exercícios Funcionais – do Ideal ao Real; 1 ed. Rio de Janeiro, Livre Expressão, 2010.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

TIPOS DE PISADA

Vamos hoje tentar ajudá-los a tirar a dúvida dos diferentes tipos de pisada para a melhor escolha de um tênis adequado. É um quesito importante na melhora do desempenho na corrida ou caminhado, e não só isso, também na prevenção de lesões.

Como saber o tipo de pisada?

O primeiro passo para escolher um tênis adequado é fazer o teste da pisada, chamado de baropodometria, realizado em clínicas especializadas.
A baropodometria é o estudo da pisada, das pressões exercidas por elas e, por conseqüência, da postura do corpo durante esse movimento biomecânico. O exame consiste na análise do seu histórico por meio de uma rápida conversa e na caminhada sobre uma esteira eletrônica a qual gera imagens para um computador que verifica pontos de maior e menor força com a ajuda de um profissional qualificado para o diagnóstico.



O exame pode evitar diversas lesões e, inclusive, a aposentadoria definitiva das corridas. De acordo com o Fisioterapeuta, Especialista em Terapia Manual, Postural e Podoposturologia, Rafael Temoteo, o problema pode começar com uma fascite plantar e esporão de calcâneo e agravar para periostite medial (canelite), dores no joelho e na coluna entre outras enfermidades. “É um processo ascendente, podendo afetar a coluna e até o joelho. E o impedimento da corrida, seria, por exemplo, em virtude de um processo de artrose que é o desgaste da articulação”, diz o especialista. 

Palmilhas modeladas para o seu tipo de pisada

O teste da baropodometria também pode ajudar a confeccionar palmilhas específicas de acordo com a curvatura do pé, garantindo a exatidão da peça.
Os tipos de palmilha são os seguintes:

Ortopédicas semiprontas: apenas recomendáveis para quem não tem necessidades mecânicas, à venda em farmácias , ortopedias e lojas de material esportivo.
Termo Moldáveis: em boas lojas de material esportivo ou ortopedias, são moldadas ao formato exato dos pés, além dos benefícios de melhora de amortecimento de impactos e estabilidade, conseguem melhorar a distribuição da pressão nos pés.
Com apoios compensatórios ortóteses (conhecidas como corretivas): normalmente feitas à medida por um podologista/podólogo (Brasil), ortopedista ou técnico ortoprotésico qualificado.
Ortótoses Plantares (ortopédicas): as ortótoses ou ortopédicas são utilizadas para muitas condições e lesões diferentes, pois são de um dispositivo de apoio biomecânico projetado para controlar a movimentação das estruturas do pé.

Quais os tipos de pisada?

Os tipos de pisada são pronada, neutra e supinada.

            Pronada: A pisada é iniciada no lado externo do calcanhar ou um pouco mais para dentro e rola excessivamente para o lado interno (região do dedão). Há pronadores moderados e severos. Os casos de pronação costumam ser mais frequentes entre as mulheres, devido à anatomia preparada para a gravidez e o parto.
Neutra: A pisada é iniciada no lado externo do calcanhar e rola ligeiramente para o lado interno (região da planta do pé). 
Supinada: A pisada é iniciada no lado externo do calcanhar e se prolonga pelo lado externo (região do dedinho). Há supinadores moderados e severos.

Testes indiretos para saber o tipo de pisada

É importante saber o tipo de pé que o corredor possui que pode ser: plano, normal e cavo. Para saber qual tipo de pé possui, umedeça seu pé e pise em uma folha de papel, e após isto faça o contorno da marca com uma caneta e compare com o quadro: 

Lembrando que no quadro os exemplos são de pés direitos.

                 - Corredores com o pé plano apresentam tendência para a pronação.
- Corredores com o pé normal apresentam tendência para a pisada neutra.
- Corredores com o pé cavo apresentam tendência para a supinação.

           Deixando claro que o tipo de pé apenas representa uma tendência para uma determinada pisada, pois outros fatores como joelhos varos e valgos, ângulo entre joelho e quadril e também a flexibilidade das articulações, influenciam na pisada do corredor fazendo com que apesar da tendência que o tipo de pé oferece à pisada, ele na verdade pise de outra maneira. Aliás, esta avaliação é um pouco imprecisa, mas de muita praticidade.

           Outra maneira de sabermos qual tipo de pisada que possuímos é compararmos o desgaste de um tênis que usamos com o quadro abaixo.


Deixamos claro que para uma precisão é interessante fazer a baropodometria, os testes citados acima, podem ser imprecisos.
No próximo post de dica de saúde, vamos dar sugestões de diferentes marcas de tênis para as várias pisadas.

Postado por: Odiléia Corrêa

Sites visitados
http://www.sportworldcde.com
http://blog.opovo.com.br
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