sábado, 27 de agosto de 2011

AGILIDADE

Definição

Com relação à agilidade, Bompa (2002) a define como sendo "a capacidade do atleta de mudar de direção de forma rápida e eficaz, mover-se com facilidade no campo ou fingir ações que enganem o adversário a sua frente". Já para Rigo (1977), “agilidade é a movimentação do corpo no espaço, ou seja, movimentos que incluam trocas de sentido e direção”.
De acordo com Gomes Tubino (1977), agilidade é a capacidade que se tem para mover o corpo no espaço o mais rápido possível. “Porém é importante verificar se o padrão de movimento está sólido, pois o organismo sempre restringe o fator qualidade por quantidade, muitas vezes “menos é mais” quando falamos de movimento. A agilidade sólida, essa que preserva o padrão de movimento, está contida na maioria das capacidades informacionais, e nos leva a correlacionar diretamente com as interconexões do sistema nervoso central e sistema nervoso periférico.” (GOMES, 2010).

             Influências de alguns aspectos
O bom desenvolvimento das capacidades informacionais, quando criança, pode ajudar no futuro ao desenvolvimento de uma gama proprioceptiva benéfica para prevenção de lesão.
 Influenciam no aperfeiçoamento da agilidade, o trabalho de flexibilidade e pliometria. Sabe-se que o sistema neuromuscular bem treinado desde a infância facilita que o atleta ao longo de sua carreira possa obter uma performance técnica e física mais desenvolvida principalmente em sua velocidade e agilidade através de método de treinamento coordenativo e precisão dos movimentos (ABREU, 2011).
 Uma observação necessária é o fato de que a agilidade é uma valência física específica da maioria das modalidades esportivas, o que a coloca como um alvo praticamente du­rante todo o período preparatório. Quanto à medição da agilidade, aparece um aspecto interessante, que é o fato de os testes envolverem também a coordenação (ex. o "Burpee Test" e o Teste da Corrida Sinuosa.

              Como podemos treinar a agilidade?
·         Mudanças horizontais de direção como o corpo todo como fintas e dribles;
·         Mudanças verticais de direção como o corpo todo como saltos e progressões com saltos;Movimentos rápidos de partes do corpo para o controle de movimentos de implementos nos esprtes como tênis, squash e beisebol.        
         A aplicação prática do treinamento de agilidade e velocidade se dá em atividades cíclicas, como sprints, corridas com intervalos de curta duração, corridas em aclives e declives, ciclismo, remo entre outras. Também em atividades acíclicas como escadas de circuito, deslocamentos entre cones, arremessos de medicine balls, salto e tempo de reação.

           Faça uma aula diferente e prazerosa!

         Abaixo, um vídeo de uma aula feita em uma quadra de areia que envolve a agilidade. Um treino bem dinâmico com um gasto calórico elevado e que pode ser feito em outro lugares também, como na praia. Você praticando atividade física de frente ao mar!

             
       
                      Deu para perceber que essa valência é usada mais do que você pensa no seu dia a dia. Treindando a agilidade, você ficará mais apto para várias atividades no trabalho, em casa e para se locomover.




 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
     ABREU, Luiz Henrique Gomes – A Melhora do Desempenho da Velocidade, Agilidade, Energética e Energética de Atletas de Futebol Através de Exercícios de Coordenação Motora. Revista Brasileira de Ciências do Futebol, Ed 001 – v.01- 1º Quadrimestre, 2011.
BOMPA, T. O. Treinamento Total para Jovens Campeões. Tradução de Cássia Maria Nasser. Revisão Científica de Aylton J. Figueira Jr. Barueri: Manole, 2002.
RIGO, L. Preparação Física. São Paulo: Global, 1977.
GOMES, Marcus Vinícius – Exercícios Funcionais – do Ideal ao Real; 1 ed. Rio de Janeiro, Livre Expressão, 2010.

Postado por: Odiléia Corrêa



EQUILÍBRIO

              
Definição

O equilíbrio do corpo humano no espaço que o cerca é uma interpretação, análise e ação realizada por vários órgãos, dentre os quais, o labirinto, que tem uma função primordial no controle do corpo. Este órgão está situado no ouvido interno e interage com outros sistemas, como o visual e o músculo-esquelético enviando informações através dos nervos até o cérebro onde interpreta e processa a resposta para manter o equilíbrio. Portanto, sintomas como tonturas, vertigens e desequilíbrio podem ocorrer por qualquer doença que afete o cérebro, os órgãos vestibulares e o labirinto. 

O equilíbrio postural consiste na capacidade de controle corporal que são observadas de duas formas: uma refere-se à manutenção da posição (postura) dos membros em relação aos próprios membros e ao meio ambiente que o cerca, e o outro corresponde ao equilíbrio das forças que agem no corpo com relação ao espaço durante um movimento ou deslocamento qualquer (Horak e Macpherson, 1996). GOMES (2010) define equilíbrio postural ou, simplesmente, postura como o alinhamento dinâmico entre os grupos e cadeias musculares, mostrando homogeneidade entre músculos agonistas e antagonistas, tornando isso o cerne do treino ou tratamento.

Turbino (1994) define equilíbrio como a qualidade física adquirida diante de uma combinação de ações musculares com a intenção de assumir e manter o corpo sobre uma base contra a gravidade, existindo, assim, dois tipos, o equilíbrio estático e o dinâmico. O equilíbrio estático refere-se à capacidade de manter-se numa posição, contra a gravidade, sem a ocorrência de deslocamento.  Já o equilíbrio dinâmico é a capacidade de manter o equilíbrio e controle postural, diante de forças externas (além da gravidade) que geram descontrole e deslocamento na base.    

 O equilíbrio é composto das reações involuntárias dinâmicas de sensações e impulsos para manter uma postura ereta e movimentos funcionais. Felizmente estamos sob a força da gravidade constante o que nos auxilia a recuperar o equilíbrio e manter a postura inconscientemente. (GOMES, 2010).

              Equilíbrio nas etapas da vida

 O equilíbrio postural encontra-se em menor escala no ser humano em dois momentos, durante a primeira e segunda infância e na fase adulta onde, a partir dos 40 anos, decresce a cada década. Mas na realidade o controle postural só é desenvolvido a partir da prática do treino de equilíbrio. A criança, durante sua infância participa de jogos e brincadeiras diversas que envolvem movimentos, desenvolve o equilíbrio inato do ser humano, mas a partir de uma vida adulta sedentária e sem a prática de nenhum esporte, esse equilíbrio adquirido decresce vertiginosamente. É durante a fase adulta e, principalmente, na terceira idade, onde ocorre um maior decréscimo de força e, conseqüentemente, controle postural, com isso o equilíbrio, que ocorrem o maior número de quedas e fraturas, deixando o indivíduo incapacitado de realizar suas tarefas diárias e esportivas. 

  Objetivo do trabalho de equilíbrio:

·       restabelecer a homogeneidade de tensão dos músculos e cadeias musculares adjacentes e concorrentes;
·       estimular as vias aferentes e eferentes do controle neuromuscular para manutenção da postura e equilíbrio diante do espaço;
·       estimular e manter ativo os órgãos de captação das diferenças de tensão esforço nos músculos e articulações;
·       dar segurança ao indivíduo ao participar das atividades cotidianas e esportivas.

             Equilíbrio no treinamento funcinal
   
 Diante de tudo isso, o treino funcional visa justamente estimular e gerar maior equilíbrio nas crianças e adultos e minimizar e estabilizar as perdas nos idosos decorrentes dos problemas neuromusculares, redução da funcionalidade dos órgãos proprioceptores e líquidos sinoviais produzidos nas articulações como dos ombros e joelhos ao longo dos anos.

No cotidiano, o equilíbrio e útil em todo momento. Apenas o ato de ficar parado requer do organismo ajustes precisos para manter sua postura. Caminhar, caminhar olhando para o lado ou para baixo, correr, subir na calçada, no ônibus, segurar uma criança no colo, andar de salto alto, são momentos onde o equilíbrio é exigido.

Dentro do conjunto de conceitos trabalhados no funcional, o equilíbrio é o mais inerente, presente e estimulado durante toda a montagem do programa de treinamento. Exercícios que promovam e estimulem o desequilíbrio, proporcionando situações e experiências para tornar o corpo mais apto a adaptar-se a momento do dia-a-dia ou de um esporte específico.

O treino de equilíbrio é dividido didaticamente em duas etapas que não podem ser suprimidas, mas aceleradas de acordo com o desenvolvimento e resposta do indivíduo. A primeira etapa é o equilíbrio estático, que fornecem estímulos sem ocorrer deslocamento no espaço, mas movimentos de membros superiores e inferiores, o uso de bases estáveis (solo) e instáveis (colchonete, BOZU®, pranchas e tábuas de equilíbrio, etc.), um ou dois pés, olhos abertos e/ou fechados, são utilizados para elevar o nível dos estímulos na posição parada. A segunda etapa, consiste em proporcionar situações que estimulem o equilíbrio dinâmico (em movimento), com uso dos mesmos elementos descritos acima.

Por exigir muito do sistema nervoso vestibular e muscular, o equilíbrio deve ser treinado no início de uma sessão de funcional, pois encontra-se com toda a capacidade de análise e resposta do organismo na mais perfeita forma. Porém, pode ser também utilizado em outros momentos do treino, quando esse pretende simular ou gerar estímulos semelhantes encontrados em uma modalidade esportiva específica ou momento específico da performance do esporte.

 Equilíbrio no dia a dia

             Você já tentou ficar de pé apoiado com uma perna e de olhos fechados? E com a mesma posição na ponta do pé? Fica um pouco mais díficil, não é mesmo? Tudo bem que ninguém vai andar por ai de ponta de pé, mas até para fazer aquela caminhada relaxante na praia de pés descalços, vai precisar de um mínimo de equilíbrio.

           Mas os idosos, como dito acima, são os que mais sofrem com a falta de equilíbrio. Essa carência, é a causa da maioria das quedas que trazem problemas maiores.

Postado por: Léo Lima
     
         

         

VALÊNCIAS FÍSICAS

O treinamento funcional, que é aplicado atualmente como uma metodologia de desenvolvimento do condicionamento físico, visa melhorar a funcionalidade do corpo através do aperfeiçoamento das valências físicas.
Valências físicas, também chamadas de qualidades físicas, capacidades motoras, capacidades físicas entre outras denominações, são aptidões potenciais físicas de uma pessoa, definindo os pressupostos dos movimentos desde os mais simples aos mais complexos. Conceituadas como todo atributo físico treinável num organismo humano. Em outras palavras, são todas as qualidades físicas motoras passíveis de treinamento, comumente classificadas em diversos tipos: força, resistência, velocidade, agilidade, coordenação, flexibilidade, mobilidade e equilíbrio.
As valências físicas são determinadas geneticamente, todos os seres humanos nascem aptos a desenvolver estas capacidades (por isso aptidões em potencial), algumas com maior potencial que outras para os limites desse desenvolvimento. Portanto, todos nascem com uma capacidade de gerar força, resistência, por exemplo. Mas as habilidades motoras são movimentos aprendidos que dependem do treinamento, ninguém nasce sabendo jogar vôlei ou basquete.
São divididas em dois grupos:
·         Capacidades condicionais
·         Capacidades coordenativas
As capacidades físicas condicionais são a força, flexibilidade, velocidade e resistência e têm aspectos fisiológicos fundamentalmente dentro do metabolismo energético, determinadas pelos processos que conduzem à obtenção e transformação de energia.
Capacidades coordenativas são capacidades determinadas, essencialmente, por componentes onde predominam os processos de condução nervosa, isto é, elas possuem a capacidade de organizar e regular o movimento, constituindo-se, portanto, na base para o aprendizado, execução e domínio dos gestos técnicos. Aquilo que se denomina técnica no esporte apóia-se e é determinado, preponderantemente, pelas capacidades coordenativas. Estas podem ser classificadas de diversas formas, mas para facilitar nosso entendimento vamos nos prender nas mais conhecidas que são as capacidades de equilíbrio, ritmo e coordenação motora.
 
             Onde são usadas as capacidades físicas?
          Os movimentos que estamos acostumados a ver os atletas realizarem em espetáculos esportivos, sempre envolvem uma combinação de capacidades físicas condicionais e coordenativas, e ao mesmo tempo são realizados em forma de uma técnica que é a habilidade motora.

           E você usa as capacidades diariamente em tudo o que faz, precisa de coordenação para dançar, de resistência para caminhar, força para deslocar um objeto. A diferença de fazer exercícios funcionais para um treino de musculação, é que no primeiro caso, se trabalha com todas as valências deixando-o aperfeiçoado para suas atividades do dia a dia. Já no segundo, é menos comum o uso de todas essas capacidades, quando o foco geralmente é a o aumento da força.



Nos próximos posts falaremos sobre cada valência física separadamente.


Postado por: Odiléia Corrêa.

UMA BREVE HISTÓRIA

                Hoje em dia ouve-se muito falar de treinamento funcional. É revista, TV, programas de entretenimento, nas academias, nos parques, sempre pintando como uma novidade aos amantes da atividade física. Mas seu conceito já era empregado, quando mesmo sem saber, desde os primórdios da humanidade, o homem já buscava se movimentar para caçar, pescar, construir seus abrigos, cidades, templos, treinamento para as guerras, jogos Olímpicos. Mas foi a partir dos Jogos Olímpicos Modernos que se viu a necessidade de treinar as valências físicas para melhorar o desempenho nos esportes e no dia-a-dia.
               As valências citadas acima, que hoje são usadas como base do treinamento funcional, sendo elas força, flexibilidade, mobilidade, velocidade, agilidade e resistência, já eram há bastante tempo estudadas e aperfeiçoadas por estudiosos. Os soviéticos foram os primeiros a utilizarem um tipo de treino que se valia dos benefícios da instabilidade, potência, treino específico à modalidade em questão e exercícios que visavam à melhora das valências físicas, além de simplesmente a força e volume muscular. O Dr.Yuri Verkhoshansky foi um dos pioneiros a estudar e aplicar o conceito do treino de pliometria, muito utilizado hoje no treino funcional. Já o Dr. Anatoliy Bondarchuk pesquisador e construtor das bases da periodização do treino de força para atleta, dividia o programa em treino de força geral (resistência) e de força especial (especificando os exercícios para a modalidade alvo). 
     Nos EUA o conceito dessa modalidade ganhou espaço e objetivo de qualidade de vida, visando trabalhar o centro de equilíbrio do corpo, o CORE, de maneira homogênea e considerando todas as valências físicas. A partir daí, difundiu-se por todo mundo, inclusive no Brasil ganhando muitos adeptos e se inserindo em todos os meios e locais de práticas de atividade física.

Postado por: Leo Lima

O QUE É TREINAMENTO FUNCIONAL?

Treinamento funcional é uma metodologia que tem como principal objetivo o fortalecimento do centro do corpo, o que foi denominado como CORE, que envolve os músculos do abdômen, lombar e quadril. Essa questão parte do problema encontrado pelo desequilíbrio do fortalecimento do corpo pela maioria das pessoas que trabalham mais a musculatura superficial sem se preocupar com os estabilizadores, deixando alguns músculos cada vez mais fortes e outros cada vez mais fracos. Como conseqüência, há um desequilíbrio com redução da eficiência de alguns movimentos, tornando mais fácil o aparecimento de lesões. Por isso vemos em muitas academias, por exemplo, pessoas com a musculatura dos membros inferiores fortes, mas que se machucam fazendo agachamentos.
Na região do CORE, está o transverso abdominal, oblíquo interno, reto abdominal, multífidus, eretor da espinha, psoas, bíceps femural, adutores do quadril e glúteo máximo. Em outra oportunidade trataremos melhor sobre o centro do corpo, a musculatura envolvida e suas especificidades.
Mas não é só a região do CORE o foco dos exercícios funcionais, eles ajudam ao fortalecimento da musculatura específica para as atividades do cotidiano e para o desenvolvimento das técnicas dentro dos esportes. Assim, o sistema muscular ativa e recruta as fibras de forma mais direcionada, melhorando a funcionalidade para determinadas tarefas.
Esse tipo de exercício é caracterizado por usar os padrões básicos do movimento humano, como agachar, empurrar, puxar e levantar, diferenciando-se dos aparelhos de musculação que reduzem a exigência da coordenação e do equilíbrio. O treinamento funcional envolve a integração do corpo todo para gerar um padrão específico em diferentes planos de movimento, por ser realizado na grande maioria das vezes de forma livre, ou com movimentos que causem instabilidade, aperfeiçoando as várias valências físicas, que serão assunto dos nossos próximos posts.
Entre os benefícios do treinamento funcional estão o aperfeiçoamento do sistema músculo-esquelético, sensório-motor e proprioceptivo, o controle da postura do corpo humano e especialmente, o resgate da eficiência do movimento humano para atividades do cotidiano.
A atividade realizada é realizada de várias formas e com uso de alguns materiais próprios, como: cones, elásticos, pranchas de equilíbrio, fitas de sustentação, bolas suíças, medicine Ball, escadas, entre outros.
Além de tudo isso, o treinamento funcional é dinâmico, com várias possibilidades e sem deixar você cair na monotonia. Experimentem!


Postado por: Odiléia Corrêa



NOSSO OBJETIVO

Creio que a maioria das pessoas que pratica ou não algum esporte, já ouviu falar do Treinamento Funcional, que era usado pela fisioterapia como instrumento para reabilitação de lesões e correção postural, e na educação física para preparação de atletas, na preservação da especificidade do treinamento. Agora, felizmente, está sendo introduzido como método de treinamento físico usado para melhorar a aptidão física relacionada à performance, saúde e prevenção de lesão dentro das academias também.
Queremos com esse blog, criar um canal de informações, discussões, além de divulgar esse método, mostrar o que é treino funcional e o que não é, com vídeos, fotos, textos e tudo o que puder ser útil para praticantes, professores e pessoas que se interessam pelo treinamento funcional.
Não pretendemos no nosso blog ensinar o treinamento funcional como se faz com a musculação ao estilo americano “make yourself” (faça você mesmo), pois o treino funcional requer uma concentração, contínua correção (auto e externa) e motivação para tornar a sessão de treino mais eficiente e eficaz no que concerne seu objetivo principal, seja desempenho, funcionalidade do cotidiano ou reabilitação, mostrando seus benefícios para qualquer faixa etária.
         Além do blog, temos o, facebook e twitter, para mantermos os interessados atualizados sobre as novidades, com dicas e recebendo comentários de praticantes e profissionais da área.



Postado por: Odiléia Corrêa